A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a devolução do passaporte do ex-presidente.
No recurso, apresentado à Suprema Corte pelo advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, a defesa argumenta que, ao longo das investigações contra Bolsonaro, iniciadas no ano passado, “não foi apresentado nenhum indício que justificasse a alegação de risco de fuga” do ex-presidente.
Bolsonaro teve que entregar o seu passaporte na semana passada, após a Polícia Federal (PF) deflagrar uma operação contra ele e o entorno do seu antigo governo.
Os investigadores apuram, por exemplo, se figuras de primeiro escalão do governo Bolsonaro, como o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e o ex-chefe da Casa Civil, Braga Netto, teriam envolvimento em um plano golpista no país.
Na petição da defesa do ex-presidente, que deverá ser analisada pelo ministro Alexandre de Moraes, os advogados explicam que Bolsonaro tem evitado sair do país desde o início das investigações.
A defesa lembra que a única ida ao exterior aconteceu para a Argentina, por ocasião da posse do novo presidente do país vizinho, Javier Milei, pois Bolsonaro “não poderia deixar de prestigiar este evento de relevância ímpar”.
À parte disso, segundo a defesa, Bolsonaro tem contribuído para as investigações locais, o que não justificaria a apreensão do seu passaporte.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login