CartaExpressa
Acordo Mercosul-União Europeia deve ser concluído até fevereiro, diz chanceler
Mauro Vieira relativizou as críticas do presidente da França, Emmanuel Macron, aos termos da negociação


A Cúpula do Mercosul terminou nesta quinta-feira 7 sem um anúncio oficial de acordo entre o bloco e a União Europeia. Segundo o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, porém, a tendência é a negociação ser concluída até fevereiro de 2024.
“Temos a perspectiva de concluir talvez no mês de janeiro. No início de fevereiro seria o limite, já na presidência paraguaia [no Mercosul], mas podemos concluir tendo em vista a manifestação de interesse de ambas as partes”, disse Vieira.
Nos últimos dias, líderes dos países e diplomatas intensificaram as negociações, que já se arrastam por quase 20 anos.
No fim de semana passado, durante a COP28, nos Emirados Árabes Unidos, o presidente da França, Emmanuel Macron, mostrou-se contrário ao acordo. O governo brasileiro, porém, promete concentrar esforços para que os dois blocos cheguem a um desfecho positivo.
“Não mudou nada. Nós continuamos conversando e negociando. Macron expressou as posições dele como presidente da França, tendo em vista as preocupações do setor agrícola francês”, contemporizou Vieira. “Nós continuamos conversando até que se conclua ou se chegue à percepção de que não é possível firmar esse acordo. Mas estamos trabalhando.”
(Com informações da Agência Brasil)
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

As áreas em que o governo Lula tem melhor e pior atuação, segundo o Ipec
Por CartaCapital
Datafolha aponta estabilidade na avaliação de Lula; confira os números
Por CartaCapital
Reprovação a Lula continua maior entre evangélicos, aponta Datafolha
Por CartaCapital