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A nova projeção de Lula para fechar o acordo do Mercosul com a União Europeia

Lula assume o comando do Mercosul nesta terça com a missão de resolver os entraves ligados à questão ambiental que dificultam o andamento da parceria comercial entre os blocos

Foto: Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende concluir o acordo entre Mercosul e União Europeia (UE) durante o seu mandato como presidente do bloco sul-americano, que vai até o final de 2023. No programa “Conversa com o Presidente”, nesta terça-feira 4, Lula afirmou que o Mercosul prepara uma resposta para a carta na qual a UE estabelece condições para a conclusão do acordo.

“Estamos agora preparando outra resposta, porque vamos a Bruxelas discutir com a UE e os países da América Latina, e precisamos ter uma resposta do que nós queremos para consolidar o acordo”, disse Lula. “Nós queremos fazer uma política de ganha-ganha, a gente não quer fazer uma política em que eles ganhem e a gente perca”, afirmou o presidente.

Lula assume hoje a presidência do bloco, que é formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Além deles, há países associados ao bloco, como Bolívia, Chile e Colômbia. Pelas regras do Mercosul, os países se alternam na presidência, de modo que os mandatos devem durar seis meses.

Adiante, na entrevista, Lula afirmou que quer fazer uma presidência “exemplar”. “Quero me dedicar para que, nesses seis meses, a gente possa, inclusive, concluir o acordo com a União Europeia”, reforçou.

O prazo estipulado é novidade, já que, recentemente, o brasileiro chegou a sinalizar que poderia não assinar a parceria diante dos atuais impasses entre os blocos.

O acordo Mercosul-UE começou a ser negociado ainda no fim dos anos 1990. Em 2019, parte do acordo foi finalizada, mas, desde então, a revisão vem sendo travada, sobretudo, por conta de questões ligadas à pauta ambiental.

A União Europeia apresentou, neste ano, um documento que prevê sanções aos países envolvidos, caso obrigações ambientais não sejam cumpridas. A Europa deseja garantir que a exportação de commodities que não respeitam regras ambientais sejam passíveis de sanções. A ideia se baseia na legislação europeia sobre o meio ambiente, algo que o governo brasileiro considera excessivamente rígido. 

Há, ainda, a discordância pública do Uruguai em relação ao acordo. Sob a presidência de Lacalle Pou, o país vizinho tem mais interesse no fechamento de um acordo comercial com a China.

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