CartaExpressa
‘A gente não tem que ser mendigo’, diz Mourão sobre relação com Biden
Na semana passada, Bolsonaro pediu apoio à ‘comunidade internacional’ para alcançar metas de redução da emissão de carbono


A três dias da Cúpula do Clima, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira 19 que o Brasil não pode se comportar “como mendigo” na relação com os Estados Unidos.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta ao mandatário norte-americano, Joe Biden, na qual prometeu eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030 e pediu ajuda internacional para atingir metas de redução de emissão de carbono. No texto, Bolsonaro destacou “a necessidade de obter o adequado apoio da comunidade internacional, na escala, volume e velocidade compatíveis com a magnitude e a urgência dos desafios a serem enfrentados”.
Em conversa com jornalistas nesta segunda, Mourão declarou: “A gente não tem que ser mendigo nisso aí, né, vamos colocar a coisa muito clara”.
“Vamos colocar a coisa muito clara: temos as nossas responsabilidades. O Brasil é responsável só por 3% das emissões no mundo. Desses 3%, 40% é o desmatamento, ou seja, 1,2% do que se emite no mundo é responsabilidade do desmatamento nosso aqui. Tem que fazer nossa parte, dentro do Acordo de Paris”, afirmou Mourão.
“Não queimamos petróleo e carvão com os outros países queimam, ou seja, temos uma matriz energética que é limpa, renovável. Então, a gente tem um lugar certo na mesa de conversa sobre mudança do clima”, declarou ainda o militar.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.