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A divergência de Gleisi e Haddad sobre a ata do Copom divulgada pelo Banco Central

A instituição reiterou que ‘não hesitará’ em voltar a elevar a Selic ‘caso o processo de desinflação não transcorra como esperado’

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Foto: Raphael Ribeiro/BCB
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A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tiveram impressões distintas sobre a ata divulgada nesta terça-feira 28 pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central. No documento, a instituição tentou explicar a decisão de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano.

Segundo Haddad, a ata “está em linha” com o comunicado publicado na semana passada.

“Mas, da mesma forma como aconteceu no Copom anterior, a ata, com mais tempo de preparação, veio com termos que eu diria mais condizentes com as perspectivas futuras de harmonização da política fiscal com a política monetária, que é o nosso desejo desde sempre”, disse o ministro. Ele também avaliou que o BC tem de “ajudar o governo”, uma vez que ambos devem concorrer para o propósito de garantir crescimento com baixa inflação.

Gleisi, porém, usou as redes sociais para publicar mais uma dura crítica ao BC, presidido por Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Arrogância do BC de Guedes e Bolsonaro não tem limites: querem desacelerar ainda mais a economia e manter juros na estratosfera”, escreveu a presidenta petista. “O Brasil que se dane, segundo o Copom. E ainda fazem chantagem sobre regra fiscal. O Brasil não merece isso.”

Embora a ata faça uma sinalização sobre o novo arcabouço fiscal, a substituir o teto de gastos, o Banco Central reitera que “não hesitará” em voltar a elevar a taxa de juros “caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.

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