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8 de Janeiro: PGR contraria a PF e tenta arquivar investigação contra deputado bolsonarista

Na avaliação do MPF, as publicações de André Fernandes (PL-CE), membro da CPMI do 8 de Janeiro, não incitam ataques

Deputado André Fernandes (PL-CE) liderou o pedido de abertura de CPMI para apurar atos do 8 de Janeiro. Foto: Site da Câmara dos Deputados
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A Procuradoria-Geral da República contrariou a Polícia Federal e pediu ao Supremo Tribunal Federal, nesta segunda-feira 10, o arquivamento do inquérito que mira o deputado federal André Fernandes (PL-CE) por suspeita de incitação aos ataques golpistas de 8 de Janeiro.

Em 6 de janeiro, o bolsonarista divulgou nas redes sociais que haveria o “primeiro ato contra (o) governo Lula”. No dia 8, durante os ataques, ele compartilhou a imagem da porta de um armário com o nome do ministro Alexandre de Moraes vandalizada, acompanhada da legenda: “Quem rir, vai preso”.

Para a PF, a segunda publicação indica que ele “coadunou com a depredação do patrimônio” e “conferiu ainda mais publicidade a ela”. A investigação apontou ainda que a mensagem demonstraria “sua real intenção com aquela primeira postagem, que era a de incitar a prática delituosa”.

Por outro lado, a PGR argumenta que “replicar um conteúdo já conhecido por milhares torna impossível conhecer o nível de influência da postura do investigado“. Por isso, a avaliação é de que seria uma “suposição indemonstrável” relacionar as publicações de Fernandes aos atos.

A decisão da PGR é um sinal positivo para André Fernandes, que buscou nos últimos dias se distanciar das suspeitas de incitação aos ataques, uma vez que ele é autor do requerimento que criou a CPMI do 8 de Janeiro. 

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