CartaExpressa

79% das pessoas que têm casas revistadas pela Polícia no Rio são negras

A pesquisa também identificou que pessoas negras têm medo da polícia e que as palavras mais utilizadas para se referir à corporação são violência, medo e corrupção

Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira 15 mostra que 79% das pessoas que têm suas casas revistadas por policiais na cidade do Rio de Janeiro são negras. O levantamento foi encomendado pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec).

A pesquisa também revela que, proporcionalmente, a taxa encontrada supera o total de negros – soma entre pretos e pratos – na população, 55% segundo dados do IBGE. Ainda aponta que 63% dos enquadros policiais têm como alvo pessoas negras.

O estudo também traçou o perfil das pessoas que são mais alvo das abordagens. Aqueles que são parados mais de dez vezes pela polícia são homens (94%), negros (66%), tem até 40 anos (40%), moram em favelas (35%), moram em bairros de periferia (33%), ganham até três salários mínimos (58%).

Os negros são as pessoas que mais veem pessoas sendo agredidas por policiais (70%) e têm a maior proporção de amigos negros presos ou detidos (66%); 74% dos que já viram parentes ou amigos serem mortos pela polícia são negros. A pesquisa também identificou que as pessoas negras têm medo da polícia e que as palavras mais utilizadas para se referir à corporação são violência, medo e corrupção.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar