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A CPI, o STF e a Polícia Federal cercam os bolsonaristas envolvidos na tramoia golpista

O mito e o ajudante, vendedores de relógio – Imagem: Alan Santos/PR

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Andam fúnebres os dias do bolsonarismo. Passados nove meses da derrota nas urnas, o delírio do círculo mais próximo de Jair Bolsonaro de impor, por meio de um golpe, o domínio incontestável sobre 8 milhões de quilômetros quadrados deu lugar ao pavor incontrolável de passar os próximos anos confinado, na melhor das hipóteses, em um cubículo de 6 metros quadrados. A realidade tem sido cruel. A fina flor do ­entourage bolsonarista está, a cada dia, mais longe dos palácios e mais perto do xilindró. O mais recente episódio a abalar as estruturas do ex-presidente e associados foi a prisão, na quarta-feira 9, de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal. A detenção foi autorizada após surgirem novas evidências de que, sob o comando de Vasques, a PRF agiu para impedir ou dificultar o trânsito de eleitores no Nordeste, região decisiva para a vitória de Lula. O delegado é investigado pelos crimes de prevaricação, violência política e uso da máquina pública para interferir em processo eleitoral democrático.

Após a prisão de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, convém a Bolsonaro colocar as barbas de molho

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5 comentários

Guilherme Fulgêncio Vieira 11 de agosto de 2023 11h56
Eliminação apressada de documentos oficiais, após a derrota, a fim de ocultar crimes, prevenir responsabilização jurídica e a resguardar ilusórias reputações práticas de atos e fraudes para enriquecimento rápido e inexplicável do círculo próximo ao indivíduo que exerce o poder governamental, embora o centro persista na cantilena de pobreza, amor à causa pública e desinteresse privado. formação de milícias paramilitares a perseguir adversários, sejam reais, sejam eleitos. Açulamento do ódio e do preconceito para mobilizar adesão popular constante. Todos esses dados se ajustam ao conteúdo do artigo ou à crônica do ocaso do Terceiro Reich. Falhamos todos, como país, ao tolerar o advento e o governo de uma tal analogia. Ouço os versos de William Blake, no poema O Tigre: … What immortal hand or eye Could frame thy fearful symmetry?
Antônio Ricardo Rosa Russo 12 de agosto de 2023 11h09
Bolsonaro caiu, como era previsível, no lixo da história. Vai se juntar aos generais que governaram este país na Ditadura Militar. O que preocupa, e muito, são os eleitores dele. Pessoas que acreditavam e ainda acreditam nas boas intenções do capitão. O resultado disso é a descrença da política e dos políticos. É tudo igual, dizem os bolsonaristas MEIO arrependidos. Não fazem a mea culpa. Como sempre, em vez de se perceberem, culpam a politica e o tal SISTEMA - um ente obscuro que paira sobre nós.
Theo wacker Afonso 12 de agosto de 2023 13h28
Estava usando o instagram até que me deparei com um texto da Jovem Sã. O texto falava sobre a abrupta mudança de Bolsonaro, de um energúmeno anti-democrático para um estadista de bem. Acredito que a Jovem Sã complementou está matéria, ja que uma fala da possível prisão de Bolsonaro, e outra sobre o que ele está fazendo para fugir da prisão. Já para mim, a história tem um lugar reservado para Bolsonaro e sua turma.
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 13 de agosto de 2023 04h57
Até chegar ao ex capitão Bolsonaro, todos os membros do seu entourage estarão sangrando e atrás das grades, desde crimes de tentativas do famigerada tentativa de golpe tabajara, expressão utilizada e já anunciada pelo ministro Alexandre de Moraes, até tentativas de compra e vendas dos relógios e joias aquinhoadas pelos governos sauditas e do Bahrein de forma escandalosa numa corrida desesperada para não deixar pistas. Mas o amadorismo ficou tão evidente que a Polícia Federal e o ministro Alexandre de Moraes já têm todos os nomes e conhecimento de todas as evidências , além de provas do esquema , inclusive do general pai do tenente coronel Cid, ex ajudante de ordens de Bolsonaro, que eles têm tanto orgulho de ter como patrono o famigerado Duque de Caxias. Uma mácula e vergonha para o Exército brasileiro. Já Bolsonaro fora condenado a pagar a tal multa por desrespeitar o uso de máscaras, dentre outras contravenções, no montante de R$ 17 milhões de reais. Fato onde fez campanha para arrecadar pix de seus seguidores e eleitores. Muito pouco provável que esses dezessete milhões de reais tenham sido, de fato, feitos por seus por seus simpatizantes em sua integridade. Muito provável que seja oriundo de lavagem de dinheiro para ocultar outras benesses recebidas de outros favores pouco republicanos que Bolsonaro tenta fazer crer e justificar que fora doação pela multa judicial que sofreu. Fica claro que essa página de tantos crimes só será esclarecida e a audácia dos bolsonaristas de tantos crimes perpetrados contra a República e a Democracia brasileira não podem ficar impunes. Terão que ser punidas com dentro da lei para que as instituições brasileiras e a própria democracia não sejam definitivamente desmoralizadas e essa página infeliz da história seja definitivamente virada com a prisão e condenação do próprio ex presidente Jair Bolsonaro.
José Carlos Gama 15 de agosto de 2023 14h49
Nos, brasileiros, que prezam pela democracia pela educaçao pela defesa dos necessitados desse pais, agradecemos, por mais paradoxal que seja, pela ignorância exercida no governo brasileiro nesses ultimos governos - o do golpe e o das fakes news que exerceram com maestria a incopetência para fazer o mal. resta agora, pagar por isso.

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O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

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