Andam fúnebres os dias do bolsonarismo. Passados nove meses da derrota nas urnas, o delírio do círculo mais próximo de Jair Bolsonaro de impor, por meio de um golpe, o domínio incontestável sobre 8 milhões de quilômetros quadrados deu lugar ao pavor incontrolável de passar os próximos anos confinado, na melhor das hipóteses, em um cubículo de 6 metros quadrados. A realidade tem sido cruel. A fina flor do entourage bolsonarista está, a cada dia, mais longe dos palácios e mais perto do xilindró. O mais recente episódio a abalar as estruturas do ex-presidente e associados foi a prisão, na quarta-feira 9, de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal. A detenção foi autorizada após surgirem novas evidências de que, sob o comando de Vasques, a PRF agiu para impedir ou dificultar o trânsito de eleitores no Nordeste, região decisiva para a vitória de Lula. O delegado é investigado pelos crimes de prevaricação, violência política e uso da máquina pública para interferir em processo eleitoral democrático.
Após a prisão de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, convém a Bolsonaro colocar as barbas de molho
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