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Um bilhão de pessoas viverão com obesidade no mundo em 2030, diz levantamento

Atlas 2022 aponta que uma a cada cinco mulheres e um a cada homem sete homens estarão obesos daqui a oito anos

O consumo regular de carne com excesso de gordura, por exemplo, foi identificado em 37,9% dos entrevistados
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O mundo terá um pouco mais de um bilhão de pessoas obesas em 2030. É o que estima o Atlas Mundial da Obesidade 2022, publicado pela Federação Mundial de Obesidade (World Obesity). Isso significa que 17,5% da população adulta de todo o planeta. Os números apontam que a cada cinco mulheres e um a cada homem sete homens estarão com a condição daqui a oito anos.

O documento mostra que os países não apenas não alcançarão a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para 2025 de interromper o aumento da obesidade nos níveis de 2010, mas que o número de pessoas com a condição está prestes a dobrar em todo o mundo — naquele ano 511 milhões de pessoas estavam obesas em todo o planeta.

O relatório apresenta um novo índice de preparação para doenças transmissíveis (NCD), mostrando que os 30 países mais preparados são de alta renda, enquanto os 30 países menos preparados são todos de baixa renda, aumentando as preocupações sobre o impacto em populações já vulneráveis.

Em partes da Europa e da América do Norte, a obesidade está começando a se estabilizar, embora em uma taxa elevada, enquanto está aumentando mais rapidamente nas regiões baixa e média renda. aumentando a pressão para muitos países que também lutam contra a desnutrição.

As taxas mais altas de obesidade ainda são encontradas no continente americano. No entanto, enquanto as Américas devem ter um aumento de 1,5 vezes entre 2010 e 2030, os números de pessoas obesas, na África os índices devem triplicar até 2030 — de 8 milhões (2010) para 27 milhões de homens (2030) e 26 milhões (2010) para 74 milhões de mulheres (2030).

O Brasil figura entre os países com os uma grande quantidade de obesos. Ele está entre os 11 países com onde vivem a metade das mulheres com obesidade no mundo e entre as 9 nações que abrigam metade dos homens obesos do planeta. A estimativa é que cerca de 890 milhões de pessoas vivam com a condição atualmente no mundo.

“Os líderes políticos e de saúde pública precisam reconhecer a gravidade do desafio da obesidade e agir. Os números em nosso relatório são chocantes, mas o que é ainda mais chocante é o quão inadequada nossa resposta tem sido. Todos têm um direito básico à prevenção, tratamento e acesso à gestão que funcione para eles. Agora é a hora de uma ação conjunta, decisiva e centrada nas pessoas para mudar a maré da obesidade”, disse Johanna Ralston, CEO da Federação Mundial de Obesidade, em um comunicado enviado para a imprensa.

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