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Livre, leve e solto nos anos Bolsonaro, o crime organizado transnacional se alia e se alastra na Amazônia

A PF aposta na cooperação internacional para combater a criminalidade – Imagem: Polícia Federal/Ibama

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A Polícia Federal procura um prédio para alugar em Manaus a partir de março. O imóvel tem de estar na Zona Oeste da cidade, para facilitar o acesso ao aeroporto público e ao núcleo especial de polícia marítima da corporação. Sediará o Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, plano que custará 9 milhões de reais para sair do papel e, depois, outros 7,5 milhões por ano. Lá trabalharão em parceria agentes dos nove países amazônicos, das secretarias de segurança pública dos nove estados brasileiros abrangidos pela floresta e de alguns órgãos internacionais, entre eles a Interpol. Serão perto de 45 funcionários, estrutura futuramente reforçada por uma base com helicópteros e aviões. É a repetição de um modelo idealizado pelo atual chefe da PF, delegado Andrei Rodrigues, para a Copa de 2014. A ideia, levada pelo Brasil aos vizinhos amazônicos em agosto, durante reunião presidencial em Belém, e aprovada, é uma tentativa de qualificar o combate ao crime na região por meio da troca de técnicas investigativas, do intercâmbio de informações e da realização de operações conjuntas.

PCC, Comando Vermelho, guerrilhas vizinhas e outras quadrilhas exploram as diversas modalidades de contravenção, do narcotráfico ao contrabando

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3 comentários

José Carlos Gama 30 de setembro de 2023 14h06
Todo esse esforço do governo federal para conter a permanência e o avanço do narcotráfico na região Amazônia, só terá êxito, se conseguirmos reeleger governos democráticos e comprometidos com a causa do meio ambiente, dos indígenas e políticas de amparo aos moradores das regiões ribeirinhas. Porém, as últimas pesquisas sobre atuação do governo Lula, nesses quase primeiro ano é desorientador e preocupante. Cabe ao próprio governo melhorar sua comunicação dos seus atos pro país para uma grande maioria ainda desinformada, seja por falta de interesse próprio, seja pelo excessos de fakes News e porque não dizer, apoiada por uma democracia corporativa do congresso voltada para seus interesses na regiões afetadas.
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 1 de outubro de 2023 05h37
Uma combinação perigosa a união de agentes do Estado com o crime organizado nacional e internacional. Com a chamada estrutura hierárquica-piramidal predispostos a atuar junto ás comunidades carentes ribeirinhas da região amazônica para a exploração de ouro e outros minérios em territórios indígenas. Tudo isso denota o que foi o governo Bolsonaro, sua ideologia predatória com os seus seguidores políticos a dilapidar o Estado brasileiro e destruição do meio ambiente numa ação orquestrada e intencional. Cabendo ao Ministério da Justiça e Polícia Federal aliado a forças policiais estrangeiras como Interpol e policias dos países vizinhos da região amazônica um trabalho de desmantelamento dessas quadrilhas. Se até hoje padecemos da criminalidade nos grande centros, podemos imaginar das populações dos rincões afastados do país que estão a mercê desses criminosos fortemente armados, principalmente de tempos idos bolsonaristas em que a filosofia era compre sua arma para se defender dos bandidos. Os bandidos estavam no próprio Estado. Cabe ao governo Lula estabelecer uma comunicação umbilical com essas populações tão carentes de informações, tão carentes de tudo, infelizmente
joao medeiros 28 de novembro de 2023 21h27
Na minha juventude, anos 80, fui garimpeiro na região de alta floresta e apiacás - MS, naquela época existia uma organização de garimpeiros, madereiros e grileiros denominados de colonos. Indigenas eram considerados animais cuja garantia da sua existência, somente com a proteção da polícia federal, a história das ocupações se davam da seguinte forma e origem: Garimpeiros: Nortistas, Nordestinos e centro-oestenses Madeireiros: Sulistas e suldestenses Grileiros e/ou Colonos: Catarinenses e paranaenses. Este é o retrato da colonização histórica pedratória que querem impor as nossas reservas ambientais e bacias hidrográficas

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