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Lei Orçamentária prevê 44 bilhões para investimentos, o menor da história

Lei orçamentária prevê 44 bilhões em 2022; 4 milhões a menos do que no ano anterior

Sessão no plenário da Câmara dos Deputados. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
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Relatório do Orçamento apresentado nesta terça-feira 21 no Congresso prevê o menos investimento federal da história. Ao todo serão 44 bilhões de reais para investimento em setores como infraestrutura, escolas, hospitais, devesa e manutenção dos espaços urbanos. 

O valor de investimentos vem caindo ao longo dos anos. Em 2012 o montante correspondia a 200 bilhões. Com os decréscimos, neste ano o valor foi de 48 bilhões. 

Isso significa que mesmo com a aprovação da PEC dos Precatórios que retardou o pagamento de dívidas da União e alterou o teto de gastos, o governo federal não conseguiu equiparar a previsão orçamentária aos anos anteriores. 

O texto ainda precisa ser aprovado na Comissão Mista de Orçamento e no Plenário.

Em boletim divulgado pelo Tesouro Direto, o investimento líquido do governo (incluindo União, estados e municípios) ficou negativo em 12,2 bilhões no segundo trimestre. Isso é, o investimento não foi o suficiente para recompor as perdas com a depreciação dos ativos. 

O baixo valor está relacionado com o engessamento de parte do Orçamento destinada a despesas obrigatórias, como o pagamento de Previdência e funcionalismo, que consomem 93% do montante. 

Os ministérios que receberam maior fatia do Orçamento foram a Defesa e o Desenvolvimento Regional, ambos estratégicos para o governo Bolsonaro. À Saúde foram destinados 4,7 bilhões e para a Educação, 3,7 bilhões de reais. 

A primeira versão do projeto enviado ao governo previa uma fatia ainda menor para investimentos, cerca de 25,7 milhões. O valor foi reconsiderado prevendo as emendas parlamentares. 

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