CartaCapital
Justiça/ Terroristas no banco dos réus
O STF começa o julgamento dos vândalos de 8 de janeiro
Em plenário virtual, o Supremo iniciou na madrugada da terça-feira 18 o julgamento de cem envolvidos na tentativa de golpe e na invasão, em 8 de janeiro, do Palácio do Planalto, do Congresso e do próprio STF. Relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes defendeu a conversão de todos os acusados em réus. Metade dos envolvidos foi presa no dia seguinte aos atos terroristas no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. A outra metade havia sido presa em flagrante, no interior dos prédios depredados ou nas imediações. Em seu voto, Moraes afirmou a respeito da ação do grupo:
“Tanto são inconstitucionais as condutas e manifestações que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático quanto aquelas que pretendem destruí-lo, juntamente com suas instituições republicanas, pregando a violência, o arbítrio, o desrespeito à separação de poderes e aos direitos fundamentais”. A defesa dos acusados alega denúncias genéricas e incompetência do tribunal para julgar os casos. Os terroristas não estarão só. De volta ao Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem menos de sete dias para depor à Polícia Federal sobre os acontecimentos de 8 de janeiro.
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