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Festa da posse de Lula tem homenagens a Pelé, Elza Soares e Gal Costa
O Festival do Futuro contou com a apresentação de mais de 60 artistas
O evento que reuniu mais de 60 artistas para celebrar a posse do presidente Lula (PT), o Festival do Futuro teve momentos de emoção, com homenagens a Pelé, Elza Soares e Gal Costa.
Morta em janeiro do ano passado, a cantora Elza Soares, que batiza um dos palcos do festival, também foi lembrada. Por duas vezes, os artistas cantaram a música A Carne. Sucesso de Elza, a canção foi lançada em 2002 e traz críticas ao racismo e à escravidão, com o refrão “a carne mais barata do mercado é a carne negra”.
A homenagem a Pelé, morto na última quinta-feira 29 em decorrência de um câncer de cólon, começou por volta das 21h10, quando os telões começaram a exibir um vídeo com jogadas do Rei, inclusive o milésimo gol, acompanhado da mensagem “eterno Pelé”. Às 21h13, foi realizado uma salva de palmas ao jogador. Inicialmente previsto para durar um minuto, a salva de palmas durou quase o dobro do tempo.
Dez minutos antes, ocorreu uma homenagem a Gal Costa, que morreu no início de novembro após uma cirurgia no nariz. Um coro puxado pela cantora Thalma de Freitas e acompanhado por outros artistas do show Outra Vez Cantar cantou a música Divino Maravilhoso. Sucesso de Gal, a canção tem como refrão um pedido para aproveitar a vida: “É preciso estar atento e forte. Não temos tempo de temer a morte.”
Com direção musical de Danial Ganjaman, o show Outra Vez Cantar começou por volta das 19h40 e teve a participação de Alessandra Leão, Chico César, Geraldo Azevedo, Fernanda Takai, Francisco El Hombre e Luê, Johnny Hooker, Lirinha, Marcelo Jeneci, Odair José, Otto, Paulo Miklos, Tulipa Ruiz e Thalma de Freitas.
Por volta das 20h55, um imprevisto quase comprometeu o fim da apresentação. Uma pane provocou o corte de som por cerca de dez minutos. Nesse tempo, o público não se desanimou e cantou o restante da música que estava sendo executada. Enquanto o problema era resolvido, a banda interagia com o público, que acompanhou os pedidos dos músicos.
Discurso final de Lula
No fim da noite, o presidente esteve no evento e agradeceu ao público presente, relembrou a violência política provocada pela extrema-direita ao longo da campanha e reforçou compromissos com os seus eleitores.
“Essas pessoas que nos xingavam se esquecem de que o nosso sangue é vermelho e de que o que sangue delas também é vermelho”, afirmou Lula. “Nossa bandeira não é nada mais que a estrela-guia, que durante milênios guiou os navegantes pelo mundo afora”.
O petista declarou ainda “o Brasil nasceu para ser uma grande potência e fazer seu povo ser feliz” e que sua missão é “cuidar do povo brasileiro com carinho e amor e garantir as coisas elementares a que temos direito”.
Entre os direitos básicos dos cidadãos brasileiros, Lula citou três refeições diárias, educação de qualidade da creche à universidade, acesso a ciência e tecnologia e garantia de trabalho e salário dignos.
“Eu darei a minha própria vida para que a gente consiga esse bem que o povo merece”, completou o novo presidente.
(Com informações da Agência Brasil)
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