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Fernando Henrique Cardoso elogia Moro: “com ele, ganha a democracia”

O ex-presidente fez seu primeiro comentário após ter seu nome envolvido nas mensagens da Lava-Jato, mas ignorou qualquer menção ao assunto

Foto: EBC
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso resolveu fazer o seu primeiro comentário público depois de ter tido seu nome associado às trocas de mensagens entre os procuradores da Lava-Jato e o então juiz Sérgio Moro. FHC fez uma publicação em sua conta no Twitter no sábado 22 sobre a ida de Moro ao Senado, mas ignorou qualquer explicação a respeito. Ele elogiou o ministro e disse: “com ele, ganha a democracia.”

 

Trechos de mensagens divulgadas pelo site The Intercept mostraram Moro opinando sobre as suspeitas contra o ex-presidente e dizendo achar ‘questionável’ mexer com FHC pois ‘melindra alguém cujo apoio é importante’. Veja o trecho da conversa:

Moro – 09:07:39 – Tem alguma coisa mesmo seria do FHC? O que vi na TV pareceu muito fraco?
Moro – 09:08:18 – Caixa 2 de 96?
Dallagnol – 10:50:42 – Em pp sim, o que tem é mto fraco
Moro – 11:35:19 – Não estaria mais do que prescrito?
Dallagnol – 13:26:42 – Foi enviado pra SP sem se analisar prescrição
Dallagnol – 13:27:27 – Suponho que de propósito. Talvez para passar recado de imparcialidade
Moro – 13:52:51 – Ah, não sei. Acho questionável pois melindra alguém cujo apoio é importante

Antes de ter seu nome envolvido nos vazamentos, Fernando Henrique Cardoso tinha comentado sobre a troca de mensagens na Lava-Jato e a troca de cadeiras no atual governo. “Está difícil acertar o rumo”, publicou no dia 15 de junho.

No dia do vazamento, apenas a Fundação Fernando Henrique Cardoso publicou uma nota afirmando que a investigação em questão foi arquivada e que o ex-presidente desconhece inquéritos ou suspeitas relacionadas a seu governo ligadas à delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, relatadas na reportagem do site, assim como menções a seu filho Paulo Henrique na Lava Jato.

O The Intercept publicou a transcrição de uma conversa entre procuradores da Lava Jato sobre citação a negócios da empresa de Paulo Henrique. O coordenador da força-tarefa no MPF, Deltan Dallagnol, disse em mensagens privadas que uma investigação a respeito daria “mais argumentos pela imparcialidade” da operação.

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