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Delação aponta propina de 125 milhões da OAS para 21 políticos

Rodrigo Maia (MDB), José Serra (PSDB), Aécio Neves (PSDB) e Lindbergh Farias (PT) estão entre os citados

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Cerca de 125 milhões de reais da construtora OAS foram destinados ao pagamento de propinas e caixa 2 para políticos. O esquema, revelado por uma delação premiada feita por ex-funcionários da empresa, apontou nomes como Rodrigo Maia (MDB), José Serra (PSDB), Aécio Neves (PSDB) e Lindbergh Farias (PT) como alguns dos 21 beneficiários do montante.

A delação premiada, divulgada em reportagem do jornal O Globo, teria sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2018, mas era mantida em sigilo. Os funcionários faziam parte da “Controladoria de Projetos Estruturados”, departamento da OAS que era destinado a cuidar das propinas, e declararam que, no geral, o dinheiro era para que os políticos facilitassem o superfaturamento de obras e contratos. A construção dos estádios da Copa do Mundo de 2014, o Porto Maravilha e a transposição do Rio São Francisco figuram entre os empreendimentos envolvidos no esquema.

Os maiores valores foram destinados ao ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (DEM) e ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB). Em uma parte dos casos, o caixa 2 era destinado para abastecer as campanhas políticas dos envolvidos. No caso de Rodrigo Maia e Paes, a Prefeitura do Rio de Janeiro estava em disputa, em 2012.

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Um milhão de reais teriam sido repassados para a campanha do ex-deputado Indio da Costa (PSD) em 2010. Para Lindbergh Farias (PT), o pagamento seria destinado para cobrir despesas de publicidade do ex-senador petista.  Em notas enviadas ao jornal, todos negaram as acusações.

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