‘Comigo a porrada canta’, diz vice-presidente do PT sobre tapa em deputado durante sessão na Câmara

Lideranças bolsonaristas avaliam levar Washington Quaquá (PT-RJ) à Procuradoria-Geral da República e ao Conselho de Ética

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

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O deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ) admitiu ter agredido seu colega Messias Donato (Republicanos-ES) com um tapa no rosto durante uma confusão no plenário da Câmara, nesta quarta-feira 20.

O episódio aconteceu na sessão solene de promulgação da reforma tributária.

A CartaCapital, Quaquá disse que tentava gravar o momento em que bolsonaristas xingavam o presidente Lula (PT), quando teria sido chamado de “ladrão” pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

“Dei uma, dou duas e dou três, não tem problema nenhum. Se me agredir, eu agrido eles. Os bolsonaristas estão acostumados a querer dar uma de machão e bater nos outros”, declarou. “Comigo a porrada canta”.

O parlamentar ainda disse não tolerar o comportamento dos bolsonaristas contra Lula. “Nunca utilizo a violência como método, mas não tolero agressões verbais ou físicas da ultradireita e sempre reagirei para me defender. Bateu, levou.”

O vídeo que registra o momento da discussão foi gravado pela deputada Sílvia Waiãpi, do PL do Amapá. “Gente, o homem agrediu aqui o deputado. […] Ele deu um tapa no rosto”, diz a congressista na filmagem.


As imagens mostram que Quaquá foi para a frente do colega da oposição, sem que outros parlamentares pudessem impedi-lo.

Na sequência, o petista se afastou, mas sem deixar o plenário. Seguranças foram até o local da agressão e ficaram entre as bancadas da esquerda e da direita.

Lideranças bolsonaristas avaliam levar o caso à Procuradoria-Geral da República e ao Conselho de Ética da Câmara. Questionado sobre a possibilidade, Quaquá ironizou: “São muito valentões, mas não aguentam um tapa e correm para fazer queixa”.

Procurado, o deputado Messias Donato não se manifestou. Em seu perfil nas redes sociais, o parlamentar escreveu: “O tapa do amor, porque o amor venceu o ódio”.

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