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CNT/MDA: Aprovação e popularidade de Bolsonaro atingem os piores níveis desde o início do governo

A pesquisa indica ainda um cenário desfavorável ao presidente em uma eventual disputa com Lula em 2022

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Apu Gomes/AFP
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Cresceu a níveis recorde a desaprovação ao governo de Jair Bolsonaro. É o que mostram os resultados da 149ª Pesquisa CNT de Opinião, realizada em parceria com o Instituto MDA, publicada nessa segunda-feira 5.

As entrevistas foram realizadas após virem à tona suspeitas de corrupção envolvendo a compra de vacinas.

Hoje, os que consideram o governo ruim ou péssimo somam 48,2%. A avaliação positiva (quando o entrevistado diz considerar a gestão ótima ou boa) caiu de 33%, em fevereiro de 2020, para 27,7% em julho deste ano. O patamar é pior desde o início da gestão, em janeiro de 2019.

A popularidade de Bolsonaro também despencou. Em relação ao desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro, 62,5% dos entrevistados o desaprovam e 33,8% o aprovam. Este também é o pior resultado desde o início do governo, de acordo com a série histórica das pesquisas CNT/MDA.

Cresceu ainda o descontentamento em relação à gestão da pandemia de Covid-19. A desaprovação da atuação do governo chegou a 57,2% — em fevereiro, eram 42%. A avaliação dos governos estaduais, contudo, continuam majoritariamente positivas.

A pesquisa também indica que os brasileiros estão otimistas quanto as melhoras nos quesitos emprego e saúde. Já em relação há renda, educação e segurança pública, a expectativa da maioria é que a situação continue como está.

Cenário para 2022 e confiança na urna eletrônica

O levantamento também aferiu as intenções de voto para as eleições presidenciais de 2022. Os resultados mostram vantagem de Lula sobre Bolsonaro tanto nas simulações para primeiro turno, quanto para um eventual segundo turno.

Apenas 22% responderam que votariam com certeza em Bolsonaro para presidente. Os que votariam com certeza em Lula foram maioria: 35%. No entanto, ambos apresentam elevado percentual de rejeição.

A pesquisa mostra ainda que a confiança do brasileiro na urna eletrônica é elevada ou moderada para 64%. E 34% relatam ter pouca confiança nos dispositivos eleitorais.

Os dados também apontam que a maioria dos brasileiros se mostra favorável a impressão dos votos, por entender que um novo sistema impresso poderá gerar mais confiança dos resultados.

Educação à distância

A educação à distância também foi tema da pesquisa. Para 80,3% dos entrevistados houve uma queda no rendimento e no aprendizado das crianças durante o período de restrições. Para 14,6% o aprendizado foi igual ao presencial e 3,7% consideraram melhor que no presencial.

Meios de comunicação

A pesquisa também analisou como os entrevistados preferem buscar informações.

Em relação à preferência entre os meios de comunicação tradicionais (televisão, rádio, jornal, revista, sites) ou redes sociais (Facebook, Instagram, WhatsApp, Twitter) para se informar, há uma divisão igualitária entre os entrevistados; a imprensa foi avaliada como sendo muito influente na formação da opinião pública.

Entre os que preferem se informar pelas redes sociais, os entrevistados disseram acessar mais as seguintes redes: WhatsApp, 54,9%; Facebook, 45,5% e Instagram, 37,2%.

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