Ao escândalo dos pastores no MEC acrescenta-se a compra de ônibus superfaturados

A bilionária licitação previa a compra dos veículos com sobrepreço de até 55%

Na renovação da frota, os novos veículos teriam até 55% de sobrepreço - Imagem: H.J.Caux/ONU

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O ministro Walton Alencar Rodrigues, do Tribunal de Contas da União, suspendeu a homologação de um pregão eletrônico para a aquisição de 3.850 ônibus escolares pelo Ministério da Educação. A bilionária licitação previa a compra dos veículos com sobrepreço de até 55%, o que poderia causar um prejuízo ao Erário de 732 milhões de reais, conforme denunciou o jornal O Estado de S. Paulo na semana anterior. Na tentativa de preservar o certame, o governo reduziu, de última hora, o valor a ser pago pelos ônibus em 510 milhões. Ainda assim, Rodrigues embargou o resultado do pregão até o desfecho da investigação conduzida pelo órgão de controle.

Os recursos sairiam do programa Caminho da Escola, destinado a atender crianças da área rural. A operação foi montada por Marcelo Ponte, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, nomeado por indicação do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Ao solicitar a suspensão do pregão, o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público junto ao TCU, observou que o FNDE contrariou orientações de sua própria área técnica, a alertar para o risco de sobrepreço.

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