CartaCapital
A ponte entre as marcas e as histórias do Brasil, com Cris Naumovs
No sétimo episódio do Criacast, ela conta detalhes de sua trajetória pessoal que a levaram a encabeçar grandes projetos publicitários
Algumas pessoas numa sala do Zoom e uma dúvida: contratar ou não candidatos com conhecimento no setor, mas que não tinha um diploma no currículo, para uma vaga em tecnologia?
O responsável pela contratação estava quase certo da necessidade do Ensino Superior para aquele posto. Foi quando Cris Naumovs, consultora e designer, ergueu a mão: “Você paga uma grana pra mim, certo? Eu não tenho graduação”. O espanto foi quase automático. “Como assim você não fez faculdade?”.
Após essa reunião, surgiu um processo seletivo que resultou na contratação de duas mil pessoas para o setor tech da empresa. Profissionais, que pelos caminhos da vida (ou do capitalismo) não puderam alcançar as cadeiras universitárias, mas construíram sua expertise de outras formas.
O toque criativo e questionador de Cristina Naumovs leva a grandes marcas questionamentos como este, que alteram uma lógica tradicional de trabalho e de entendimento das várias realidades do Brasil.
Na conversa com o ativista Raull Santiago, no CriaCast, ela conta detalhes de sua trajetória pessoal que a levaram a encabeçar grandes projetos publicitários.
Um deles é a campanha “Marca na Lata” (She Can) para o Guaraná Antarctica, ao qual a equipe responsável levou o ouro no prêmio Effie.
A ação ofereceu o rótulo das latas como espaço publicitário para marcas que apoiassem o futebol feminino.
Empresas como Avon, Banco BMG, Burger King, Consul, ESPN, Gol, Halls, Lay’s, Puma e Vivo se uniram ao Guaraná Antarctica para apoiar o projeto Meninas em Campo, que treina alunas de 9 a 17 anos.
Em um cenário hipercompetitivo, é raro ver marcas se dando espaço e se apoiando por uma causa em comum.
“Tem uma coisa muito importante que é: que legado essa marca quer ter? Como as pessoas vão lembrar de você?”, aponta a designer.
Atualmente, Naumovs é CEO da holding Unah, que tem como objetivo de investir em empresas da economia criativa, além de ser DJ e criadora do Bloco do Apego, em São Paulo.
A íntegra dessa conversa você pode acompanhar no canal de CartaCapital no YouTube.
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