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Jornalistas francesas denunciam sexismo na política

Repórteres de grandes veículos criticam o “machismo reinante” que atrapalha a cobertura jornalística

Dominique Strauss-Kahn, cujo apetite sexual o levou para os tribunais
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Comentários libertinos, mãos ousadas ou reiterados convites para jantar: alguns políticos franceses mostram um paternalismo lascivo em relação às jornalistas, denunciam 40 delas em uma petição publicada nesta terça-feira 5 na capa do jornal francês Libération.

Sob o título “Tire suas mãos de mim”, as signatárias, que cobrem a atualidade política para os grandes meios de comunicação (France Inter, Le Monde, AFP, Libération, TF1, entre outros), relatam uma série de exemplos do machismo que reina no exercício de sua profissão.

Mencionam o caso de um parlamentar que “acaricia o nosso cabelo”, outro “que lamenta que não usamos decote” ou “o jovem talento de um partido que insiste em nos ver durante a noite”.

Em 2011, a prisão do então diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn por acusações de estupro permitiu denunciar essas formas de perseguição, lembram. 

Sexismo A capa do Libération desta terça-feira, com a denúncia das jornalistas

“Pensamos que o caso DSK remexeu as coisas e que os costumes machistas, uma mostra de vulgaridade cidadã e política, estavam em vias de extinção”, denunciam. “Mas enquanto a política seguir nas mãos de homens heterossexuais e sexagenários, nada mudará.”

As signatárias reconhecem que sua “profissão implica a construção de uma proximidade e de um vínculo de confiança”, mas que para isso se sentem obrigadas a “integrar os limites do machismo reinante” e evitar os encontros cara a cara, usar roupas sóbrias e vigiar para manter o tratamento formal.

Com informações da AFP

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