Bem-Estar
Veja possíveis riscos do beijo para a saúde bucal
Comemorado em 13 de abril, o Dia do Beijo é uma data que celebra o carinho, a conexão e a troca de afeto. Mas, além do romantismo, o gesto também chama atenção para um aspecto essencial: os cuidados com a saúde bucal, que garantem que […]
Comemorado em 13 de abril, o Dia do Beijo é uma data que celebra o carinho, a conexão e a troca de afeto. Mas, além do romantismo, o gesto também chama atenção para um aspecto essencial: os cuidados com a saúde bucal, que garantem que esse momento continue leve, prazeroso e sem riscos.
“A boca é um ambiente quente, úmido e com pouca luminosidade, ideal para a proliferação de bactérias, vírus e fungos. Durante o beijo, ocorre uma troca significativa desses microrganismos, o que pode aumentar o risco de doenças bucais e sistêmicas”, alerta a Dra. Camila Borges Fernandes, ortodontista, periodontista e adepta do Protocolo GBT da EMS.
Transmissão de doenças pelo beijo
Entre os principais vírus que podem ser transmitidos pelo beijo, estão o herpes simples tipo 1 (HSV-1), a mononucleose infecciosa (conhecida como “doença do beijo”), o citomegalovírus (CMV), além de vírus da gripe e da COVID-19. Entre as bactérias, destacam-se a Streptococcus mutans, associada à cárie; Neisseria meningitidis, causadora da meningite; e Treponema pallidum, relacionada à sífilis. A candidíase oral (ou sapinho), causada pelo fungo Candida albicans, também pode ser transmitida dessa forma.
Para além do beijo ocasional, relacionamentos duradouros também podem influenciar a saúde bucal mútua. “A condição bucal de um parceiro afeta diretamente a do outro. Se um não mantém a higiene adequada, o outro pode acabar exposto a patógenos que desequilibram a microbiota oral”, explica a Dra. Camila Borges Fernandes.

Biofilme: o vilão invisível
Grande parte dos problemas de saúde bucal tem início no acúmulo de biofilme — a conhecida placa bacteriana. Invisível a olho nu, essa camada pegajosa se forma constantemente nos dentes, língua e gengiva, e, se não for removida adequadamente, pode desencadear doenças como cárie, gengivite, halitose e até infecções mais graves.
A Dra. Camila Borges Fernandes explica que, além dos cuidados diários como escovação e uso de fio dental, a profilaxia profissional, conhecida como limpeza dental, é essencial para a remoção completa do biofilme. “Esse procedimento, realizado no consultório, atinge áreas de difícil acesso, promove uma limpeza profunda, reduz o risco de doenças e melhora o hálito, proporcionando ainda uma superfície dental mais lisa e fácil de manter”, diz.
Tecnologia que transforma o cuidado
A evolução da odontologia trouxe novas alternativas para quem busca uma experiência mais eficiente e confortável. Um exemplo é o Protocolo GBT (Guided Biofilm Therapy), adotado por clínicas certificadas no Brasil. Desenvolvido com base em evidências científicas, ele substitui a tradicional raspagem com curetas por uma tecnologia menos invasiva, com jato de ar, água morna e pó ultrafino de eritritol, que possui ação anticariogênica.
“A GBT é uma abordagem que oferece maior precisão na remoção do biofilme, sem causar dor ou desconforto ao paciente. É mais eficaz, preserva o esmalte dental e os tecidos gengivais, além de contribuir para a prevenção de doenças bucais e até sistêmicas”, destaca a Dra. Camila Borges Fernandes.
Com uma rotina de higiene bucal bem estabelecida e visitas regulares ao dentista, é possível reduzir significativamente os riscos de transmissão de doenças — e garantir que o beijo continue sendo apenas sinônimo de prazer e bem-estar.
Por Sandra Santos
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