Bem-Estar

Estações mais quentes podem revelar doenças associadas ao glúten

Com a chegada das estações mais quentes do ano, muitas pessoas repensam seus hábitos alimentares em busca de mais disposição, leveza e bem-estar. Nesse período, sintomas como inchaço, desconforto abdominal e alterações na pele podem se tornar mais perceptíveis, levando a reflexão sobre a relação […]

Estações mais quentes podem revelar doenças associadas ao glúten
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Com a chegada das estações mais quentes do ano, muitas pessoas repensam seus hábitos alimentares em busca de mais disposição, leveza e bem-estar. Nesse período, sintomas como inchaço, desconforto abdominal e alterações na pele podem se tornar mais perceptíveis, levando a reflexão sobre a relação com sensibilidade ao glúten.

O glúten é uma proteína presente no trigo, centeio e cevada — logo, está presente em pães, massas, bolos, biscoitos, cerveja e diversos produtos industrializados. Para a maior parte da população, o consumo não traz problemas. No entanto, alguns grupos precisam de atenção especial, alerta a Dra. Camila Perlin Ramos, nutróloga da Afya Educação Médica de Porto Alegre. 

Diferenças entre doença celíaca e sensibilidade ao glúten

Segundo estimativas, cerca de 1% da população brasileira tem doença celíaca. Além disso, entre 5% e 14% dos brasileiros apresentam intolerância ao glúten. Conforme a Dra. Camila Perlin Ramos, a doença celíaca é uma condição autoimune em que o organismo reage ao glúten, o que exige a exclusão total da proteína da dieta e cuidados rigorosos para evitar a contaminação cruzada. 

Na sensibilidade ao glúten não celíaca, popularmente chamada de intolerância, também é necessário retirar o glúten, mas com maior flexibilidade: pequenas quantidades podem ser toleradas e não há a mesma preocupação com traços de contaminação.

Outro ponto de atenção é diferenciar doença celíaca e intolerância ao glúten da alergia ao trigo, que é uma condição alérgica distinta, também capaz de causar sintomas importantes.

Mulher com cabelo liso preso em rabo de cavalo usando blusa de manga longa azul, apoiada em mesa de consultório conferindo exame com médico que tem o cabelo curto, barba e está usando camisa azul de botoes e jaleco e está mostrando resultado de exame em tablet
Diante de sintomas persistentes, o ideal é buscar avaliação médica (Imagem: fizkes | Shutterstock)

Sintomas da doença celíaca e da sensibilidade ao glúten

Tanto a doença celíaca quanto a sensibilidade ao glúten podem causar sintomas digestivos — como constipação, diarreia, gases, azia e dores abdominais — e manifestações fora do intestino, incluindo fadiga, dores musculares e articulares, “névoa mental”, alterações de humor, problemas de pele e até baixa densidade óssea.

“Na primavera e no verão, em que buscamos mais qualidade de vida e nos tornamos mais atentos ao corpo, é importante ficar atento a sinais que podem estar relacionados ao glúten. Muitas vezes o diagnóstico demora a ser feito, e identificar precocemente pode mudar totalmente a saúde e disposição da pessoa”, reforça a nutróloga.

Consulte sempre um médico

Diante de sintomas persistentes, a recomendação é sempre procurar avaliação médica especializada, evitando o autodiagnóstico e dietas restritivas sem orientação. Cuidar da alimentação nesta época do ano não deve ser sinônimo de restrição sem motivo, mas de informação, prevenção e qualidade de vida.

Por Grazieli Binkowski

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