Bem-Estar

Entenda os perigos do uso de antibióticos sem prescrição médica

A descoberta dos antibióticos revolucionou a medicina moderna, permitindo o controle de infecções que antes eram potencialmente fatais. No entanto, o uso indiscriminado dessas substâncias tem despertado uma preocupação global com um cenário que ameaça esse avanço: o crescimento da resistência bacteriana. A professora do […]

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A descoberta dos antibióticos revolucionou a medicina moderna, permitindo o controle de infecções que antes eram potencialmente fatais. No entanto, o uso indiscriminado dessas substâncias tem despertado uma preocupação global com um cenário que ameaça esse avanço: o crescimento da resistência bacteriana.

A professora do curso de Biomedicina da Faculdade Anhanguera Juliana Fazenda explica que, quando os antibióticos não fazem mais efeito, significa que as bactérias que causam infecções se tornaram resistentes a esses medicamentos, evoluindo para se proteger dos antibióticos usados para combatê-las. “Isso pode fazer com que as infecções se tornem mais difíceis de tratar, aumentando o risco de complicações graves”.

Os riscos da automedicação

Juliana destaca que um dos maiores problemas é a automedicação, quando as pessoas tomam antibióticos sem a orientação adequada, muitas vezes sem prescrição médica e em dosagens inadequadas. “Esse comportamento é um dos principais responsáveis pela resistência bacteriana. O uso incorreto de antibióticos não só torna o medicamento ineficaz, mas também contribui para o surgimento de cepas resistentes”, afirma.

A importância do uso consciente de antibióticos

Uma solução para esse problema é a educação sobre o uso consciente de antibióticos, tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes. A professora sugere que as pessoas nunca devem interromper tratamentos com um medicamento sem a recomendação médica, mesmo que os sintomas desapareçam. “Isso é crucial para garantir que todas as bactérias sejam eliminadas e que não sobrevivam e se multipliquem, criando resistência”, afirma.

Paciente mulher se consultando com um médico
Em casos de infecção que voltam com frequência, consultar um especialista pode ajudar a identificar a resistência bacteriana e escolher o tratamento mais adequado (Imagem: fizkes | Shutterstock)

Consultas e testes em casos recorrentes

Além disso, a professora recomenda que, em caso de infecções recorrentes ou de difícil tratamento, os pacientes consultem um especialista para avaliar a resistência bacteriana e o uso de antibióticos mais eficazes ou alternativas de tratamento. “Existem testes que podem identificar a resistência bacteriana, o que ajuda os médicos a escolherem o antibiótico mais adequado ou até mesmo a explorar tratamentos diferentes”, orienta.

Um problema de saúde pública

A resistência aos antibióticos é um problema global, e a conscientização sobre a importância do uso correto desses medicamentos é fundamental para a preservação de sua eficácia. “A resistência bacteriana não é apenas um desafio médico, mas uma questão de saúde pública. Para evitar que o corpo se acostume com os antibióticos, é importante seguir as orientações médicas e sempre buscar alternativas preventivas, como a vacinação, alimentação balanceada e hábitos de higiene”, conclui a professora.

Por Bianca Lodi Rieg

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