Bem-Estar
6 mitos e verdades sobre o mau hálito
O mau hálito, também conhecido como halitose, é uma condição bastante comum que, de acordo com estimativas da Associação Brasileira de Halitose (ABHA), pode afetar até 30% da população mundial em algum momento da vida. Além de gerar desconforto e constrangimento social, pode ser um […]


O mau hálito, também conhecido como halitose, é uma condição bastante comum que, de acordo com estimativas da Associação Brasileira de Halitose (ABHA), pode afetar até 30% da população mundial em algum momento da vida. Além de gerar desconforto e constrangimento social, pode ser um sinal de que algo não vai bem na saúde bucal ou geral, exigindo atenção e acompanhamento odontológico adequado.
Para esclarecer mitos e verdades sobre essa condição, conversamos com a periodontista Maria Fernanda Kolbe, doutoranda, mestre e especialista em periodontia e sócia da Clínica Sorr, em São Paulo, que compartilha informações valiosas sobre a saúde bucal e a eficácia do Protocolo GBT (Guided Biofilm Therapy) na prevenção do mau hálito. Confira!
1. O mau hálito é causado apenas por problemas estomacais
Mito. Embora muitas pessoas acreditem nisso, Maria Fernanda Kolbe explica que a principal causa do mau hálito vem da boca. “A halitose é frequentemente resultado de desequilíbrio na microbiota bucal gerando excesso de biofilme (que antigamente chamava placa bacteriana), saburra lingual, cáseos amigdalianos, inflamações e infecções”, afirma.
2. Mau hálito é decorrente da má higiene bucal
Em parte. A má higiene bucal pode contribuir, mas não é a única causa. A halitose pode ter inúmeras causas, e uma delas pode ser, sim, a falta de higiene adequada.
3. Escovar os dentes é suficiente para eliminar o mau hálito
Mito. A escovação isolada não é suficiente porque a escova convencional só alcança as faces livres dos dentes, e não limpa entre eles. Por isso o uso de fio dental e/ou escovas interdentais é fundamental. Além disso, a língua não pode ser esquecida. “A higiene bucal deve ser completa, incluindo a remoção do biofilme que se acumula em áreas de difícil acesso”, ressalta.

4. Beber pouca água provoca halitose
Verdade. Segundo a especialista, manter-se bem hidratado é uma das formas mais simples e eficazes de evitar problemas como mau hálito e acúmulo de bactérias na língua. “A ingestão adequada de água é fundamental para manter a boca hidratada, ajudando a remover resíduos alimentares e prevenir a formação de saburra lingual”, explica.
5. Enxaguante bucal substitui a escovação para evitar o mau hálito
Mito. O enxaguante é apenas um complemento. Dependendo do produto pode até piorar o problema. “Se o paciente sofrer com ‘boca seca’, por exemplo, e usar colutório à base de álcool, este pode aumentar a desidratação da cavidade oral, piorando a halitose”, alerta a periodontista.
6. O mau hálito pode ser tratado
Verdade. Quando o mau hálito se torna frequente, o ideal é buscar orientação profissional para entender o que está por trás do problema. “Em primeiro lugar é preciso identificar a causa. O tratamento é possível e eficaz, passando pela adoção de bons hábitos de vida, higiene correta e protocolos modernos como a GBT, que remove o biofilme de forma suave e direcionada, ajudando a controlar as causas do mau hálito”, afirma Maria Fernanda Kolbe.
Segundo a especialista, o Protocolo GBT não apenas melhora a saúde bucal, mas também permite que o paciente visualize o biofilme em cores diferentes. “Esse recurso motiva e conscientiza, tornando o tratamento mais eficaz e a boca mais saudável, com hálito fresco”, conclui.
A GBT é um protocolo cada vez mais presente em consultórios odontológicos. Ele alia tecnologia, precisão e conforto, oferecendo uma profilaxia mais completa em comparação a limpezas tradicionais. Ao evidenciar o biofilme em cores, aumenta a compreensão do paciente sobre sua própria saúde bucal e auxilia o dentista a realizar um acompanhamento personalizado.
Por Sandra Santos
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