Bem-Estar

6 dicas para evitar a hipervitaminose

As vitaminas são fundamentais para manter o corpo saudável, já que participam de diversas funções essenciais do organismo. No entanto, quando a reposição delas acontece em excesso e sem a devida orientação médica, o efeito pode ser o oposto do esperado, trazendo riscos à saúde. […]

6 dicas para evitar a hipervitaminose
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As vitaminas são fundamentais para manter o corpo saudável, já que participam de diversas funções essenciais do organismo. No entanto, quando a reposição delas acontece em excesso e sem a devida orientação médica, o efeito pode ser o oposto do esperado, trazendo riscos à saúde. Esse quadro é conhecido como hipervitaminose, uma condição caracterizada pelo acúmulo exagerado de vitaminas no corpo.

Segundo o médico integrativo Wandyk Allison, pós-graduado em endocrinologia e metabologia, a hipervitaminose pode causar desde sintomas leves até complicações graves. “O que deveria ser benéfico acaba se transformando em um veneno. O excesso pode levar a náuseas, à fadiga, a problemas no fígado, nos rins ou até a distúrbios neurológicos”, alerta.

Sintomas de hipervitaminose

Na maioria das vezes, os sinais de hipervitaminose são silenciosos. Isso significa que o paciente pode acreditar que está tudo bem, enquanto o corpo acumula o excesso de vitaminas. Só quando a sobrecarga já está instalada é que os sintomas aparecem. Entre eles, estão:

  • Náuseas e fadiga;
  • Queda de cabelo;
  • Alterações hepáticas;
  • Cálculos renais;
  • Arritmias;
  • Risco de sangramentos;
  • Distúrbios neurológicos.

Vitaminas que mais oferecem riscos

As vitaminas que mais preocupam pelo risco de hipervitaminose são as lipossolúveis (A, D, E e K), que oferecem maiores riscos porque ficam armazenadas no fígado e no tecido adiposo. As hidrossolúveis (C e complexo B), por outro lado, costumam ser eliminadas pela urina, mas megadoses também podem causar danos, como cálculos renais e neuropatia.

Ilustração de uma cápsula de suplemento com diversas vitaminas em fundo roxo-claro
A suplementação de vitaminas deve ser orientada por um médico (Imagem: Corona Borealis Studio | Shutterstock)

Como evitar a hipervitaminose

Para reduzir as chances de intoxicação, algumas atitudes práticas podem fazer diferença no dia a dia. Veja seis dicas importantes para evitar a hipervitaminose:

1. Não se automedique

Evite tomar polivitamínicos sem indicação médica.

2. Desconfie das megadoses

Mais vitaminas não significa melhor. Exageros podem intoxicar o corpo.

3. Faça exames regularmente

Apenas exames laboratoriais mostram se há necessidade real de suplementação de vitaminas.

4. Busque personalização

Cada organismo tem demandas diferentes; o ideal é ajustar doses conforme DNA, metabolismo e exames — sempre com orientação médica.

5. Atenção ao poder aquisitivo

Suplementos caros e importados não são sinônimo de saúde. O excesso pode trazer riscos invisíveis.

6. Converse com seu médico

Antes de iniciar qualquer suplementação, peça orientação profissional para garantir equilíbrio entre saúde e performance.

Para o Dr. Wandyk Allison, o grande erro é acreditar que vitamina nunca faz mal. “A hipervitaminose é, muitas vezes, um problema de quem tem acesso. Quanto maior o poder aquisitivo, maior a chance de exagerar em suplementos. A verdadeira sofisticação é ter segurança. Nosso papel é garantir que a saúde venha acompanhada de equilíbrio, e não de riscos invisíveis”, finaliza o médico.

Por Adriana Quintairos

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