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Antecedentes golpistas

A Operação Lava Jato, o impeachment de Dilma e a prisão de Lula foram o prenúncio

Imagem: Pedro França/Ag. Senado
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Por mais assustadoras que tenham sido as imagens transmitidas ao vivo em 8 de janeiro de 2023, apenas a geração que cresceu com a Constituição de 1988 e ainda não tinha vivido experiências de autoritarismo político foi tomada pela surpresa. Se olharmos para nossa história constitucional desde a Independência, a democracia esteve bem distante da monarquia, da república oligárquica e da ditadura. Somente uma pequena parte da nossa história pode ser descrita como de uma república democrática, e mesmo assim são comuns momentos de efervescência política, como os dois processos de impeachment de presidentes da República ocorridos desde a promulgação da Constituição.

O 8 de Janeiro, portanto, não foi um ponto fora da curva. Milhares de insatisfeitos, há dias reunidos nas calçadas do quartel militar em Brasília, destruí­ram prédios e patrimônio público, em um claro ato de insurreição política que, ao mesmo tempo, invocava um golpe militar e cuspia sobre a recente decisão da soberania popular que havia dado a vitória a Lula. Se o 8 de Janeiro não foi um ato incongruente com a nossa história, ao contrário do que aconteceu nos EUA com a invasão do Capitólio, a reação das nossas elites políticas foi quase surpreendente. Nem as Forças Armadas, nem a mídia corporativa, nem o empresariado saíram em defesa dos insurretos. Ao contrário, uma enorme mobilização de políticos, sistema de Justiça e meios de comunicação impediu o rompimento da institucionalidade vigente e a violência dele decorrente, mantendo o País no rumo da legalidade.

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