Política

Decisão de Dias Toffoli suspende processos contra Flávio Bolsonaro

Decisão suspende processos que possuem informações financeiras obtidas sem autorização judicial

Decisão de Dias Toffoli suspende processos contra Flávio Bolsonaro
Decisão de Dias Toffoli suspende processos contra Flávio Bolsonaro
Flávio Bolsonaro deixou a Santa Casa aos gritos de “Brasil” e “Primeiro turno”
Apoie Siga-nos no

O ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, suspendeu nesta terça-feira 16 os processos judiciais em que dados bancários de pessoas investigadas tenham sido liberados sem a autorização da Justiça. A decisão suspende o andamento dos processos movidos contra o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e atende pedido feito pelos advogados do filho do presidente. A informação é do jornal O Globo.

O pedido da defesa de Flávio Bolsonaro, feito em janeiro ao STF e negado, pela primeira vez, pelo ministro Marco Aurélio Mello, pedia que a Corte invalidasse todas as provas das transações atípicas do ex-motorista Fabrício Queiroz e de demais assessores que depositaram dinheiro na conta investigada, porque o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) colheu essas informações sem antes ter pedido autorização para o Poder Judiciário.

Além do órgão citado, a decisão do presidente do Supremo se estende a todos os processos judiciais em que houve compartilhamento de informações da Receita Federal e do Banco Central sem prévio aval da Justiça.

Um relatório de inteligência feito pelo Coaf em dezembro de 2018 identificou movimentações suspeitas nas transações de Flávio e mais parlamentares – antes de ser eleito para o Senado, o filho mais velho do presidente foi deputado estadual pelo Rio de Janeiro.

Em abril de 2019, o Ministério Público do Rio de Janeiro conseguiu autorização judicial para quebrar o sigilo bancário do senador e de Queiroz. Meses depois, mais 92 pessoas tiveram o sigilo rompido, com autorização pela Justiça.

Flávio Bolsonaro é investigado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa durante o período de 2007 e 2018. O documento de 87 páginas apresentado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro ao TJ-RJ mostra transações “suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas” em relação a imóveis adquiridos no Rio de Janeiro. O senador teria lucrado, de acordo com a acusação, mais de 3 milhões nesse processo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo