Política

XP/Ipespe: Pela 1ª vez, rejeição a Bolsonaro supera a popularidade

Em comparação com fevereiro, mês no qual o presidente melhor pontou na pesquisa, rejeição cresceu 19 pontos percentuais

XP/Ipespe: Pela 1ª vez, rejeição a Bolsonaro supera a popularidade
XP/Ipespe: Pela 1ª vez, rejeição a Bolsonaro supera a popularidade
(Foto: Marcos Corrêa/PR) Bolsonaro em café da manhã com jornalistas (Foto: Marcos Corrêa/PR)
Apoie Siga-nos no

Passados cinco meses desde a posse de Jair Bolsonaro, a rejeição ao presidente ultrapassa pela primeira vez a aprovação. É o que mostra uma pesquisa da XP Investimentos/Ipespe divulgada nesta sexta-feira 24.

Os que consideram seu governo ‘ruim ou péssimo’ são 36%. Eram 31% na primeira semana de maio, quando foi feita a pesquisa anterior — um aumento de cinco pontos percentuais.

Em comparação com fevereiro, mês no qual o presidente melhor pontuou na pesquisa da XP, o aumento da rejeição é de 19 pontos percentuais.

Já a fatia que considera o governo ‘ótimo ou bom’ foi de 35% para 34% nesta pesquisa mais recente.

Também caiu cinco pontos o número de pessoas que considera o governo regular — de 31% a 26%. Considerando a queda brusca em duas semanas, é possível que estes tenham migrado para a ala dos descontentes. O movimento coincide com os protestos contra os cortes no orçamento do MEC. A próxima rodada de manifestações está marcada para o dia 30.

A pesquisa também quis saber a opinião do eleitorado sobre as manifestações. Mais da metade dos entrevistados (57%) disseram que os protestos foram importantes; outros 38% consideraram os atos pouco relevantes.

Foi quase um consenso (86%), entretanto, que os protestos devem voltar a ocorrer.

Também caíram as expectativas para o restante do mandato. Os que esperam um governo ótimo ou bom são agora 47%. Eram 63% em janeiro. O percentual dos acreditam que o mandato será ruim ou péssimo oscilou quatro pontos percentuais nas primeiras semanas de maio.

A pesquisa ouviu 1.000 pessoas entre os dias 20 e 21 de maio. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

ENTENDA MAIS SOBRE: ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo