Justiça

Prefeito de Diadema (SP) é condenado à prisão por ataques a assessor de Lula

Taka Yamauchi (MDB) atacou Marco Aurélio Santana Ribeiro, conhecido como Marcola, e o associou a líder do PCC conhecido pelo mesmo apelido

Prefeito de Diadema (SP) é condenado à prisão por ataques a assessor de Lula
Prefeito de Diadema (SP) é condenado à prisão por ataques a assessor de Lula
O prefeito de Diadema, Taka Yamauchi – Foto: Divulgação
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A justiça eleitoral de São Paulo condenou à prisão – inicialmente em regime aberto – o prefeito de Diadema, Taka Yamauchi (MDB), por difamação e injúria contra Marco Aurélio Santana Ribeiro, conhecido como Marcola, chefe do gabinete pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Yamauchi informou que vai recorrer.

O caso que levou à condenação aconteceu durante o processo eleitoral de 2024, meses antes de Yamauchi ser eleito prefeito do município da Grande São Paulo. Em debate realizado em agosto daquele ano, ele citou “o tal de Marcola lá de Brasília” e disse que “o Brasil vem sofrendo há muito tempo com o crime organizado”, em referência ao assessor, buscando fazer uma associação com Marcos Willians Herbas Camacho, líder da facção PCC também conhecido como Marcola.

No processo, o assessor de Lula afirmou que o prefeito criou uma confusão proposital entre ele e o líder da facção, visando vincular o PT ao crime organizado. Yamauchi alegou que Marco Ribeiro, por ser uma figura pública, teria de lidar com críticas políticas.

A decisão judicial prevê pena de prisão de seis meses e 25 dias de detenção em regime aberto. A defesa do prefeito informou que vai recorrer.

“O prefeito reafirma seu respeito às instituições e à Justiça, confiante de que os esclarecimentos serão devidamente apreciados pelas instâncias superiores, no exercício pleno do direito ao contraditório e à ampla defesa”, escreveram os advogados, em nota enviada à imprensa.

Em abril deste ano, a Justiça paulista já tinha condenado Yamauchi na esfera cível pelo mesmo episódio. Ele teve de pagar 14 mil reais por danos morais ao assessor de Lula.

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