Justiça
Brasileiros avaliam os trabalhos da Câmara, do Senado e do STF em nova pesquisa PoderData; veja os resultados
O levantamento ouviu 2.500 eleitores entre os dias 13 e 15 de dezembro
A nova rodada da pesquisa do instituto PoderData, divulgada neste sábado 20, mostra que os brasileiros têm visões negativas sobre os trabalhos da Câmara dos Deputados, do Senado e do Supremo Tribunal Federal. A pesquisa ouviu, por telefone, 2.500 eleitores.
Sobre a Câmara, 52% dos entrevistados classificam o trabalho dos deputados como ‘ruim ou péssimo’. A avaliação de que a atuação dos deputados é ‘boa ou ótima’ atinge apenas 10% dos entrevistados. Há 30% que indicam a opção ‘regular’ quando questionados sobre a Câmara. Só 8% não sabem ou não quiseram responder.
Na comparação com a pesquisa anterior, feita entre maio e junho, o cenário piorou: naquele momento 44% avaliavam o trabalho da Câmara como ‘ruim ou péssimo’ e 12% como ‘bom ou ótimo’. A classificação ‘regular’ era citada por 34%.
A avaliação dos brasileiros sobre o Senado também teve piora: o grupo que marca ‘ruim ou péssimo’ ao se referir aos senadores saltou de 47% para 50% na pesquisa deste sábado. A classificação positiva (‘bom ou ótimo’) que atingia 17%, agora atinge de 16%. ‘Regular’ saiu de 28% para 25%.
Para a Câmara o Senado, convém registrar, os resultados deste sábado representam o pior patamar da série histórica da pesquisa. A piora coincide com o período de intensas manifestações contra o Congresso.
Manifestantes fazem ato na orla de Copacabana contra PL da Dosimetria e outros temas em votação no congresso nacional. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
E o Supremo?
No STF o cenário de desgaste é parecido: 41% marcavam a avaliação ‘ruim ou péssimo’ na pesquisa anterior, o índice atual de avaliações negativas dos ministros é de 44%. Já a parte positiva, saiu de 16% para 14%. A avaliação ‘regular’ oscilou de 30% para 29%.
No caso do Supremo, os resultados coincidem com a condenação do núcleo principal da trama golpista, entre elas a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que recebeu a pena de 27 anos e três meses de prisão.
A margem de erro dos dados, importante registrar, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. As entrevistas foram feitas entre os dias 13 e 15 de dezembro.
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