Justiça

Moraes mantém prisão de bolsonarista que tentou explodir bomba no Aeroporto de Brasília

George Washington de Oliveira Sousa cumpre prisão temporária desde setembro deste ano

Moraes mantém prisão de bolsonarista que tentou explodir bomba no Aeroporto de Brasília
Moraes mantém prisão de bolsonarista que tentou explodir bomba no Aeroporto de Brasília
Créditos: Agência Senado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, manteve nesta sexta-feira 5 a prisão preventiva de um bolsonarista suspeito de tentar explodir uma bomba nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília, em 2022.

O magistrado negou um pedido feito pela defesa de George Washington de Oliveira Sousa para rever a prisão temporária que o homem cumpre desde setembro deste ano.

George foi denunciado pela Procuradoria Geral da República, juntamente com outros dois acusados, pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo.

Ao negar o pedido, o ministro apontou que há indícios suficientes da participação efetiva do denunciado na inserção de um artefato explosivo em um caminhão-tanque localizado nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília.

Segundo as investigações, George teria transportado em uma caminhonete diversas armas de fogo, acessórios, munições e explosivos (dinamites), com o propósito de distribuir o armamento a indivíduos dispostos a utilizá-lo para
deflagrar distúrbios sociais, com o objetivo de impedir a consolidação do que ele denominava como “comunismo”.

A investigação ainda aponta que, um ano depois, o homem ainda teria elaborado um plano para explodir o artefato em via pública, com o intuito de provocar a intervenção das Forças Armadas e uma suposta decretação de estado de sítio.

“Há, portanto, fortes e graves indícios do risco concreto da reiteração delitiva e à aplicação de lei penal, em razão do descumprimento das medidas cautelares impostas e da fuga após a prática dos crimes”, anotou o magistrado na decisão.

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