Justiça

Justiça condena pastor que vendeu ingressos para falso almoço com Bolsonaro

Fábio Rodrigues Jordão recebeu uma sentença de um ano e nove meses de prisão por estelionato

Justiça condena pastor que vendeu ingressos para falso almoço com Bolsonaro
Justiça condena pastor que vendeu ingressos para falso almoço com Bolsonaro
Sede do Tribunal de Justiça de São Paulo Foto: Divulgação/TJ-SP
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O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação a um ano e nove meses de prisão do pastor Fábio Rodrigues Jordão pelo crime de estelionato. Ele foi denunciado pelo Ministério Público após vender entradas para um suposto almoço com Jair Bolsonaro (PL), em julho de 2022, no município de Pereira Barreto (SP). O então presidente e candidato à reeleição, porém, não compareceu.

O pastor montou uma barraca no calçadão da Avenida Brasil para comercializar os ingressos, que custavam até 500 reais, segundo relatos nos autos.

O evento aconteceria em uma pousada, que alega ter sofrido prejuízo. Os donos da propriedade chegaram a questionar o alto preço dos ingressos mas disseram que o pastor era persuasivo e, por isso, aceitaram sediar o almoço.

Os empresários compraram alimentos e bebidas e alugaram mesas e cadeiras para aproximadamente 500 pessoas. A previsão era que Fábio pagasse 50 mil reais pelo evento, mas ele desembolsou apenas os 14 mil iniciais.

O pastor também teria prometido a compra de três bois, o que não se concretizou. Os donos da pousada adquiriram, então, um boi de 7 mil reais para garantir o almoço. O evento, por fim, ocorreu, mas sem a presença de Bolsonaro.

O acordo entre o pastor e a pousada foi apenas verbal. Os empresários disseram que o réu apresentou documentos que seriam da equipe de segurança de Bolsonaro e avaliaram que não seria necessário um contrato formal.

Outra vítima afirmou ter comprado 10 mil reais em convites apenas porque o réu garantiu que Bolsonaro estaria na pousada. Fábio argumentou, por sua vez, nunca ter assegurado a presença de Bolsonaro, embora tenha supostamente se esforçado para isso.

O réu alegou também ter entrado em contato com a assessoria do então presidente e recebido uma confirmação verbal de que ele estaria no almoço. Após a data do evento, porém, teria obtido a explicação de que foi necessário ajustar a agenda presidencial naquele dia.

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