Justiça
STF forma maioria para limitar cobrança de contribuição assistencial por sindicatos
A contribuição assistencial é destinada ao custeio das atividades de negociação coletiva dos sindicatos com os empregadores
O Supremo Tribunal Federal formou, nesta segunda-feira 14, maioria para limitar a cobrança da contribuição assistencial de trabalhadores não sindicalizados a partir da decisão de 2023 em que a Corte abriu essa possibilidade.
Se o placar se confirmar, o Supremo vai proibir o pagamento retroativo de valores e garantir o direito de oposição, sem interferência de terceiros. A análise, que acontece no plenário virtual, já conta com votos de Gilmar Mendes (relator da ação), Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Kassio Nunes Marques e André Mendonça.
A contribuição assistencial é destinada ao custeio das atividades de negociação coletiva dos sindicatos com os empregadores por benefícios dos trabalhadores. As conquistas nas negociações podem se estender a toda a categoria, independentemente de sindicalização – essa contribuição não se trata do imposto sindical.
Em seu voto, Gilmar Mendes entendeu que contribuição precisa seguir “critérios de razoabilidade” e ser “compatível com a capacidade econômica” da categoria que o sindicato representa. Para Gilmar, o veto a cobrança retroativa é para evitar “surpresa indevida aos trabalhadores que confiaram legitimamente que esses valores não seriam devidos durante o período”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Sindicato dos delegados de SP critica Tarcísio e Derrite: ‘Só apareceram com promessas’
Por CartaCapital
Mendonça determina bloqueio de R$ 390 milhões de sindicato investigado por fraude no INSS
Por CartaCapital



