‘Jurista brilhante’ e ‘prevaricador’; as reações da indicação de Jorge Messias ao STF

A indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal, anunciada nesta quinta-feira 20 pelo presidente Lula (PT) para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso, desencadeou uma onda de reações no meio político. Aliados do governo celebraram, enquanto congressistas da oposição passaram a questionar a escolha e a pressionar o Senado, responsável por aprovar o nome indicado.

Ao anunciar a escolha, o presidente Lula afirmou nas redes sociais ter “certeza de que Messias seguirá cumprindo seu papel na defesa da Constituição e do Estado Democrático de Direito, como tem feito em toda a sua vida pública”. 

Em mensagem enviada ao Senado, o presidente ainda destacou que a indicação atende aos critérios de trajetória institucional, compromisso democrático e experiência acumulada na Advocacia-Geral da União, reforçando a confiança pessoal e política depositada no indicado.

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) elogiou Messias, dizendo que sua “sólida formação” e “compromisso com a democracia” o credenciam ao STF. Para ele, a escolha reflete responsabilidade institucional do governo.

Já o presidente do PT, Edinho Silva, classificou a indicação como “acertadíssima”. Edinho descreveu Messias como um “jurista brilhante, preparado e sério”, afirmando que o País ganha ao levar ao Supremo alguém que “honra o Direito e honra o povo brasileiro”.

Entre os críticos mais duros, Sóstenes Cavalcante (RJ) afirmou esperar que o Senado “não aprove um prevaricador”. O líder do PL na Câmara também atacou o perfil político do indicado, dizendo que sua aprovação significaria “30 anos de um esquerdista petista julgando e atrasando o Brasil”.

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O ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho, destacou a experiência de Messias em temas complexos da administração pública e afirmou que sua indicação “reforça a estabilidade e o fortalecimento institucional”. Ele disse ainda esperar uma análise “serena e tecnicamente embasada” por parte do Senado.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, classificou Messias como “um jurista ético e qualificado para proteger a Constituição”, afirmando ter confiança de que ele cumprirá um “grande trabalho” no STF.

Por parte do líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), há “responsabilidade institucional” na escolha de Lula. Segundo ele, Messias reúne “reputação ilibada” e histórico de defesa da Constituição. Lindbergh finaliza pedindo uma sabatina “transparente e serena”.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) disse que Messias “tem trajetória sólida, respeito técnico e experiência pública que fortalecem o STF num momento decisivo para o País”.

O prefeito de Recife, João Campos (PSB), chamou a indicação de “grande acerto”. Para ele, Messias reúne “compromisso com o País” e sensibilidade às demandas sociais, qualidades que, segundo Campos, o tornam um futuro “guardião da Constituição”.

O ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça também se manifestou, parabenizando Messias e afirmando que ele preenche todos os requisitos constitucionais. Mendonça disse ainda que oferecerá “apoio no diálogo republicano junto aos senadores”, em sinal de acolhimento interno na Corte.