Midiático
Um olhar crítico sobre mídia, imprensa, internet e cultura pop.
Midiático
FISL: Liberte seu Android
Campanha busca difundir maior conhecimento das pessoas a respeito do software livre, o que oferece maior privacidade e controle sobre os seus dados


De Porto Alegre
Torsten Grote, um dos destaques do 15º FILSL (Forum Internacional do Software Livre), que acontece em Porto Alegre até este sábado 10 de maio, criou a campanha “liberte seu Android”. Ele defende a ideia de tornar a liberdade móvel acessível a todos, mostrando às pessoas como se livrarem do Android, oferecendo a elas outras possibilidades. O alemão acredita que, se as pessoas aprenderem e espalharem o conhecimento, isso vai resultar em um número maior de softwares livres, e dessa forma, o usuário pode ter a sua privacidade respeitada e voltar a ter controle sobre os seus dados.
Atualmente, na Europa e nos EUA, o sistema Android representa 80% dos usuários de dispositivos móveis, o que levou Grote a escolher a plataforma para a campanha, atraindo assim o maior número de usuários possíveis.
Mas como funciona o software livre?
Cada aplicativo possui um código fonte (popularmente conhecido como a “programação”) e o mesmo fica disponível publicamente. Assim começa um processo colaborativo, as pessoas trabalham em conjunto para o aprimoramento do software e os usuários são livres para executar, copiar, distribuir, estudar, mudar e melhorar o software. O processo é o inverso do software proprietário, onde é de exclusividade do produtor os direitos e as licenças.
O próprio aplicativo do FISL não é Android, e sim software livre. Para saber mais sobre a campanha “liberte seu Android” e adicionar aplicativos para f-droid, acesse https://f-droid.org
Daniela Neiva é sub-editora de Inovação Digital da Editora Confiança (que edita a CartaCapital) e viajou a Porto Alegre a convite da organização do 15º FISL
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.