Justiça

STJ remarca ação que pode cassar mandato de governador do Acre para dezembro

Gladson Cameli é réu em ação que investiga fraudes em licitação, desvio de recursos públicos e formação de organização criminosa

STJ remarca ação que pode cassar mandato de governador do Acre para dezembro
STJ remarca ação que pode cassar mandato de governador do Acre para dezembro
Gladson Cameli (PP), governador do Acre. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça agendou para o dia 3 de dezembro o julgamento da ação penal no Superior Tribunal de Justiça que pode levar à cassação do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), por suspeita de corrupção.

O colegiado começaria a análise do caso nesta terça-feira 18, mas teve de suspender o julgamento após uma liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, determinar a paralisação do processo até o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e a Polícia Federal apresentarem formulários utilizados para obter relatórios de inteligência financeira que embasaram a investigação.

Gladson Cameli é réu em ação que investiga fraudes em licitação, desvio de recursos públicos e formação de organização criminosa. No início do mês, a Corte Especial do STF renovou por mais 180 dias uma série de medidas cautelares impostas ao governador desde o recebimento da denúncia, em maio do ano passado.

A investigação contra ele teve início em 2019 e envolvem suspeitas sobre a contratação da empresa Murano, com sede em Brasília, para prestar serviços ao governo do estado. A empresa teria subcontratado outra, localizada no Acre, que tem como sócio Gledson Cameli, irmão do político. Esse arranjo teria resultado em um esquema de favorecimento financeiro ao governador e a outros envolvidos.

Segundo a PF, o governador seria o líder da organização criminosa. O grupo criminoso seria composto também pela esposa, Ana Paula Cameli, servidores públicos que ocupavam cargos de confiança no governo e empreiteiras da família do governador com atuação no Acre e em Manaus (AM).

O esquema teria causado prejuízo de 800 milhões de reais aos cofres públicos. A defesa dos envolvidos nega participação.

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