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Imprensa se surpreende com rolezinho porque ignora periferia, diz ex-Folha

A jornalista Laura Caprioglione, que deixou o jornal no final de 2013, afirmou que “veículos off-line” ficaram surpresos porque restringem a cobertura “a um quadrado de 4,6 km” da cidade.

A jornalista Laura Capriglione em reportagem do TV Folha
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Tomei a liberdade de reproduzir a seguinte reportagem produzida pelos colegas do portal Comunique-se:

Em painel realizado na sétima edição da Campus Party, evento que acontece nesta semana em São Paulo, a ex-repórter da Folha de S. Paulo, Laura Capriglione, falou sobre a cobertura da mídia para pautas com assuntos “manifestações”, “rolezinhos” e “bailes funks”. De acordo com ela, os “veículos off-line” ficaram surpresos porque restringem a cobertura “a um quadrado de 4,6 km” da cidade.

Segundo informações da Folha, Laura afirmou que esse é um dos pontos que explica o motivo de o jornalismo tradicional estar em crise. “Há cada vez menos histórias de pessoas nos jornais, (…) Eles (os jornais) agora são preenchidos por material de assessorias de imprensa e colunas de opinião”. No debate, que tinha como tema “Reportagem no divã, reflexões do mundo off-line”, estavam presentes os jornalistas André Caramante e Alberto Dines.

Também profissional da Folha, Caramante comentou sobre as novas tecnologias e a influência na comunicação. “Hoje todo mundo tem um iPhone e um iPad, mas não vejo isso com bons olhos. Com isso, se esqueceu que lugar de jornalista é na rua, não na redação”. Dines discordou da informação de que o jornalismo está em crise, mas ressaltou que o mundo digital trouxe alterações no modo de pensar das pessoas. “A confiança ilimitada no mundo digital nos tira a capacidade analógica de pensar, de refletir”.

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