Midiático
Um olhar crítico sobre mídia, imprensa, internet e cultura pop.
Midiático
Aplicativo promete avaliar mulheres como “vingança” ao Lulu
“Sua vingança está por vir. Espere por nós.” Assim foi divulgado nesta quarta-feira o Tubbyapp, com estreia prometida para breve no Google Play e na Apple Store. A conferir


Sua vingança está por vir. Espere por nós.
Em seguida a outra frase:
Chegou a hora de nossa vingança. Depois de termos nossas aptidões expostas para todas as mulheres, o Tubby chegou para inverter o jogo. Em breve.
Nesta quinta-feira um site e uma página de Facebook anunciavam o lançamento de um suposto TubbyApp. Como se vê, seria uma “resposta” ao Lulu. Segundo os mantenedores da página, o aplicativo estará em breve na Apple Store e no Google Play e funcionará de forma semelhante ao já famoso Lulu. Ou seja: aceitará apenas contas de Facebook de usuários do sexo masculino e servirá para avaliações de performance sexuais de usuárias do sexo feminino.
Lulu, o aplicativo original, aceita apenas usuárias e serve para avaliação (de como seria em um relacionamento, “confiabilidade” e sexual) de homens com perfis no Facebook –para saber mais, leia este texto de Marília Moschklovich.
PS: as mulheres já são avaliadas sexualmente em milhares de sites, programas de TVs, jornais, revistas, aplicativos e na vida real. Diariamente, a cada minuto. Argumentar que este suposto novo aplicativo é apenas uma questão de “direitos iguais” não corresponde à realidade. Acha exagero? Pergunte à sua amiga, filha, colega de trabalho, irmã ou namorada.
(colaborou Matheus Pichonelli)
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.