Justiça

Ministério Público cria equipe técnica para analisar megaoperação no Rio

O ministro Alexandre de Moraes havia solicitado as informações no âmbito da ‘ADPF das Favelas’ nesta segunda-feira 10

Ministério Público cria equipe técnica para analisar megaoperação no Rio
Ministério Público cria equipe técnica para analisar megaoperação no Rio
Operação no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho em 28 de outubro de 2025. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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O Ministério Público do Rio de Janeiro informou ao Supremo Tribunal Federal, nesta quarta-feira 12, que criou uma equipe para realizar a análise técnica dos 121 mortos na Operação Contenção. O ministro Alexandre de Moraes havia solicitado as informações no âmbito da ‘ADPF das Favelas’ nesta segunda-feira 10.

O MPRJ informou que destinou uma equipe técnica para a realização do acompanhamento dos exames de necropsia nos 121 corpos, trabalho que foi conduzido até o dia 30 de outubro.

De acordo com o órgão, as atividades consistiram na coleta de materiais para exame de pólvora, exame de imagem para localização de eventuais projéteis alojados, documentação, coleta de material biológico, recomposição dos cadáveres e armazenamento em câmara frigorífica.

A equipe foi designada para verificar o cumprimento de protocolos e procedimentos técnicos do exame médico-legal, um tipo de perícia que fornece provas para identificar se houve alguma ação ilegal dos policiais e registro de imagens dos corpos e de identificação das lesões constatadas.

O órgão também informou que iniciou atividade de reconstrução dos corpos em modelos tridimensionais (3D) para analisar como se deu a megaoperação. A análise técnica está em fase de catalogação de imagens e desenvolvimento da reconstrução da ação policial. Os resultados serão enviados ao Supremo assim que a análise for concluída.

Mais de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar do Rio foram aos complexos de favelas da Penha e do Alemão, no último dia 28, em busca de líderes da facção Comando Vermelho (CV). No total, 121 mortes foram confirmadas: quatro policiais (dois civis e dois militares) e outras 117 pessoas apontadas como suspeitas.

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