Justiça

Dino rejeita habeas corpus para soltar Bolsonaro

Não cabe HC contra decisão de ministro, turma ou plenário, reforçou o relator

Dino rejeita habeas corpus para soltar Bolsonaro
Dino rejeita habeas corpus para soltar Bolsonaro
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Gustavo Moreno/STF
Apoie Siga-nos no

O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino rejeitou, nesta terça-feira 11, mais um habeas corpus que buscava libertar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da prisão domiciliar que cumpre desde 4 de agosto.

O autor do HC é um advogado de Santa Catarina que não integra a defesa de Bolsonaro. Ele alega ter havido constrangimento ilegal contra o ex-capitão no inquérito que apura a trama do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos contra o Brasil.

Ao determinar a prisão domiciliar— no âmbito da investigação contra Eduardo —, o ministro Alexandre de Moraes apontou o reiterado descumprimento de medidas cautelares, especialmente a proibição de utilizar redes sociais.

Dino reforçou não caber habeas corpus contra decisão de um dos ministros, de uma das turmas ou do plenário. Nesses casos, disse o ministro, é necessário optar pelas vias recursais próprias.

“Por fim, cumpre registrar que o fato de o paciente [Bolsonaro] possuir procuradores diversos regularmente constituídos nos autos a que este habeas corpus se refere configura obstáculo ao prosseguimento deste writ”, completou Dino.

Em 11 de setembro, a Primeira Turma condenou Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Após o trânsito em julgado da ação penal sobre a trama golpista, a Corte determinará a execução da pena.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo