Justiça

STF confirma que Fux não participará de julgamento de recurso de Bolsonaro

O ministro trocou a Primeira pela Segunda Turma do Supremo, mas manifestou desejo de seguir participando do caso

STF confirma que Fux não participará de julgamento de recurso de Bolsonaro
STF confirma que Fux não participará de julgamento de recurso de Bolsonaro
O ministro Luiz Fux durante o julgamento dos réus do núcleo 1 da trama golpista. Foto: Evaristo Sa/AFP
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O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que o ministro Luiz Fux não vai participar do julgamento dos recursos apresentados por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados após as condenações por participação na trama golpista. A análise dos chamados embargos de declaração começa nesta sexta-feira 7.

O julgamento dos recursos ficará a cargo da Primeira Turma do Supremo. A pedido, Fux deixou o colegiado em outubro, após divergir dos demais ministros do grupo e votar pela absolvição total de Bolsonaro e da maioria de seus aliados. Ele defendeu apenas as condenações de Mauro Cid e Walter Braga Netto, ambos por um único crime: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Mesmo após pedir para deixar a Turma, Fux manifestou desejo de seguir no caso da trama golpista até seu completo esgotamento, o que não é permitido pelo regulamento interno do Supremo. Assim, os recursos de Jair Bolsonaro e seus aliados serão analisados por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino. A quinta vaga da Primeira Turma segue aberta até que o novo indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assuma a cadeira.

Fux aproveitou a brecha pela aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso para migrar à Segunda Turma, onde vai atuar ao lado de André Mendonça, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Kassio Nunes Marques. O presidente da Corte (no momento, o ministro Edson Fachin) não faz parte de nenhuma das turmas.

Além de Bolsonaro, os ministros analisam os recursos de Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, todos eles integrantes do chamado “núcleo crucial” da trama golpista. A sessão no Plenário Virtual do Supremo vai até sexta-feira 14. Também condenado, Mauro Cid preferiu não recorrer e já cumpre a pena.

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