Justiça

Cid não recorre e STF torna condenação pela trama golpista definitiva

Por ter selado um acordo de delação premiada, o ex-ajudante de ordens recebeu a menor condenação entre os oito réus do núcleo crucial

Cid não recorre e STF torna condenação pela trama golpista definitiva
Cid não recorre e STF torna condenação pela trama golpista definitiva
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Evaristo Sa/AFP
Apoie Siga-nos no

Com a decisão de Mauro Cid de não recorrer da condenação, o Supremo Tribunal Federal reconheceu nesta terça-feira 28 o trânsito em julgado do processo da trama golpista contra o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Isso significa que a Corte já concluiu a ação e Cid poderá começar a cumprir a pena de 2 anos em regime aberto.

A defesa de Cid tinha até esta segunda-feira 27 para apresentar os chamados embargos de declaração, mecanismo que busca questionar itens da decisão tomada no caso. Os recursos protelam o fim definitivo do julgamento e Cid foi o único dos réus a não lançar mão da manobra.

No dia 11 de setembro, por 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF condenou Cid, Bolsonaro e mais seis réus pelos crimes de crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Por ter selado um acordo de delação premiada e colaborado com a Justiça, Cid recebeu a menor condenação entre os oito réus do núcleo crucial. O ex-presidente, por exemplo, foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo