Justiça
TRE-SP marca julgamento em plenário de ações que tornam Marçal inelegível
A primeira instância da Justiça Eleitoral condenou o ex-coach, que recorreu à Corte


O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo agendou para 6 de novembro o julgamento de duas ações de investigação eleitoral que tornaram o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) inelegível por supostos abusos cometidos nas eleições de 2024. Em ambos os casos, a primeira instância apontou uso indevido dos meios de comunicação, captação e gastos ilícitos, e abuso de poder econômico.
No primeiro processo, com a condenação assinada em fevereiro, PSB e PSOL acusam Marçal de vender apoio político nas redes sociais. A conduta atribuída consta de um vídeo divulgado pelo empresário no qual prometia endossar a candidatura de vereadores de direita em troca de doação de 5 mil reais para sua campanha.
O segundo caso, também apresentado pelo PSB, diz respeito ao uso da plataforma Discord para organizar campeonatos com prêmio em dinheiro a usuários que gerassem o maior número de visualizações de conteúdo em favor do ex-coach. As duas condenações partiram do juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.
Marçal ainda foi sentenciado a oito anos de inelegebilidade em uma terceira ação, em julho. Também neste caso o juiz afirmou ter havido captação e gastos ilícitos de recursos em razão de Marçal incitar eleitores em seu site oficial a imprimir e confeccionar materiais de campanha “com burla às regras de captação e gastos de campanha eleitoral”. A defesa dele recorreu, mas este processo ainda não foi liberado para julgamento em plenário no TRE paulista.
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