Justiça

Entidades criticam Messias no STF e cobram de Lula compromisso com paridade de gênero e raça

Para organizações, a opção pelo advogado-geral da União simboliza a continuidade de um padrão excludente no Judiciário

Entidades criticam Messias no STF e cobram de Lula compromisso com paridade de gênero e raça
Entidades criticam Messias no STF e cobram de Lula compromisso com paridade de gênero e raça
O presidente Lula. Foto: EVARISTO SA / AFP
Apoie Siga-nos no

Organizações que defendem a igualdade de gênero e de raça no Judiciário brasileiro criticaram a decisão do presidente Lula (PT) de indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal. As entidades cobram que o petista assuma o compromisso de não repetir esse padrão nas próximas nomeações.

Em nota, o Fórum Justiça, a Plataforma Justa e a Themis Gênero e Justiça avaliaram que a escolha de Lula simboliza a manutenção de um status excludente na composição da Justiça.

Relembraram também que o STF teve apenas três ministras em 134 anos de existência — atualmente, Cármen Lúcia é a única mulher a ocupar uma cadeira no tribunal.

Segundo as entidades, a redemocratização do País deveria se aplicar também às instituições, o que ainda não ocorreu.

“Governos que se afirmam progressistas precisam transformar seus discursos em práticas, garantindo que as políticas e escolhas institucionais reflitam o compromisso com a igualdade e a representatividade democrática”, criticam.

As organizações exigem de Lula o compromisso formal com a paridade de gênero e de raça nas próximas nomeações para tribunais superiores e outros cargos de liderança no sistema de Justiça.

“A equidade não pode ser tratada como concessão, mas como critério republicano e democrático de composição institucional”, acrescentam.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo