Justiça

Senado pode repetir ‘dobradinha’ e sabatinar substituto de Barroso junto de Gonet; Lula acelera escolha

Governo quer anunciar a indicação ao STF nas próximas semanas para permitir uma sabatina conjunta na CCJ

Senado pode repetir ‘dobradinha’ e sabatinar substituto de Barroso junto de Gonet; Lula acelera escolha
Senado pode repetir ‘dobradinha’ e sabatinar substituto de Barroso junto de Gonet; Lula acelera escolha
O PGR, Paulo Gonet, e o ministro do STF Luís Roberto Barroso. Foto: Victor Piemonte/STF
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O governo Lula (PT) estuda repetir a estratégia usada em 2023 e realizar sabatinas conjuntas na CCJ do Senado para os cargos de procurador-geral da República e ministro do Supremo Tribunal Federal.

A ideia é aproveitar a data já marcada para avaliar a recondução de Paulo Gonet na PGR, em 12 de novembro, e incluir o futuro indicado ao STF na mesma sessão.

A proposta tem apoio da base governista e agrada à cúpula do Senado, que vê vantagem em concentrar as votações para evitar desgaste político. A ideia é que a deliberação no plenário aconteça logo em seguida – modelo semelhante ao adotado no fim de 2023, quando Gonet e Flávio Dino foram aprovados em sequência.

Com a aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso, oficializada na última quinta-feira 9, Lula ganhou a oportunidade de indicar seu décimo primeiro nome ao Supremo. Agora ele corre contra o tempo para tirar a ‘dobradinha’ do papel.

Lula já sinalizou a aliados que a intenção é definir o nome nas próximas semanas. Uma decisão rápida permitiria que o indicado fizesse a tradicional cruzada nos gabinetes do Senado em busca de votos em tempo de ser sabatinado no dia 12 de novembro.

A ‘pressa’ também é motivada por outro fator: Lula quer finalizar a nomeação do novo ministro antes do recesso parlamentar de fim de ano. A explicação dada pelo petista a aliados é que a agilidade impediria que indicação “contaminasse” a agenda eleitoral de 2026.

Entre os cotados, estão o advogado-geral da União, Jorge Messias, considerado favorito; o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG); o ministro do TCU, Bruno Dantas; o controlador-geral da União, Vinícius Carvalho; e a presidente do Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth Rocha, que aparece como possível escolha caso Lula opte por uma mulher.

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