Bem-Estar

7 dicas para promover inclusão e acessibilidade no dia a dia

No mês em que o Brasil foi, por cinco dias, a capital mundial da deficiência visual ao reunir mais de 1.500 pessoas cegas e com baixa visão de 100 países no “Encontro Mundial da Deficiência Visual”, a celebração do “Dia Nacional de Luta da Pessoa […]

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No mês em que o Brasil foi, por cinco dias, a capital mundial da deficiência visual ao reunir mais de 1.500 pessoas cegas e com baixa visão de 100 países no “Encontro Mundial da Deficiência Visual”, a celebração do “Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência”, em 21 de setembro, reforça a consciência de que atitudes pessoais, coletivas e políticas públicas podem transformar a vida de milhões de pessoas em todo o planeta.

Embora a data contemple todas as deficiências, o debate sobre acessibilidade traz contribuições valiosas para tornar o cotidiano mais inclusivo, especialmente no caso das pessoas com deficiência visual, ao mesmo tempo em que inspira atitudes que beneficiam toda a sociedade.

“A inclusão é construída diariamente por meio de escolhas, atitudes e políticas que favorecem a participação plena de todos”, explica Beto Pereira, analista de relações institucionais da Laramara — organização dedicada ao atendimento de pessoas cegas e com baixa visão.

Abaixo, confira algumas dicas para promover mais inclusão e acessibilidade no dia a dia!

1. Comunicação clara e acessível

A forma como nos comunicamos é decisiva para promover a inclusão. Ao interagir com pessoas com deficiência visual ou auditiva, o ideal é usar palavras objetivas, descrever ambientes quando necessário e evitar termos ambíguos. “Pequenos gestos de clareza e empatia já garantem muito mais autonomia e respeito na interação”, destaca Beto Pereira.

2. Espaços que acolhem a todos

Ambientes adaptados transformam a experiência de circulação e ampliam a independência. Rampas de acesso, corrimãos, pisos táteis e sinalizações em braille tornam locais públicos e privados mais seguros e funcionais. “Essas adaptações são simples, mas comunicam uma mensagem poderosa: de que os espaços devem ser pensados para todos”, reforça o profissional.

3. Tecnologia como ponte para autonomia

Ferramentas digitais desempenham um papel essencial no dia a dia. Softwares de leitura de tela, aplicativos de navegação acessível e dispositivos de auxílio visual ajudam a ampliar a independência no estudo, no trabalho e no lazer. “A tecnologia assistiva é uma grande aliada, porque abre caminhos para que a pessoa tenha mais autonomia e protagonismo”, afirma Beto Pereira.

4. Inclusão no trabalho e na educação

Acolher pessoas com deficiência em equipes profissionais ou turmas escolares amplia oportunidades e valoriza a diversidade. Ajustes simples, como oferecer materiais acessíveis ou adaptar plataformas digitais, permitem que todos participem em igualdade de condições. “A inclusão verdadeira acontece quando não é preciso excluir ou adaptar alguém para que ela participe, mas, sim, quando o ambiente já está preparado para recebê-la”, ressalta.

Mulher usando audiodescrição em um museu com estátuas a sua frente
Museus, teatros, cinemas e eventos podem garantir acessibilidade por meio de audiodescrição, legendas e intérpretes de Libras (Imagem: Elizaveta Galitckaia | Shutterstock)

5. Cultura e lazer acessíveis

O direito à cultura e ao lazer deve ser universal. Museus, teatros, cinemas e eventos podem garantir acessibilidade por meio de audiodescrição, legendas e intérpretes de Libras. “Participar da vida cultural é um direito de todos, e a acessibilidade é o que garante essa participação de forma plena”, explica.

6. O poder do voluntariado e do apoio institucional

Instituições como a Laramara desenvolvem programas de educação, capacitação profissional e convivência inclusiva. Esses projetos se tornam ainda mais fortes com o engajamento da sociedade. “Apoiar iniciativas sociais ou atuar como voluntário é multiplicar o impacto da inclusão”, observa Beto Pereira.

7. Consumo consciente e inclusivo

Nossas escolhas de consumo também têm poder transformador. Optar por produtos, serviços e estabelecimentos que priorizam a acessibilidade estimula empresas a adotarem práticas mais inclusivas. “Cada escolha conta. Quando o consumidor valoriza quem é inclusivo, ele ajuda a movimentar toda a sociedade nessa direção”, conclui Beto Pereira.

Por Denyze Moreira

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