Justiça

Barroso defende julgamento da trama golpista e diz sanções dos EUA são injustas

O ministro reforçou que não há censura, perseguição política ou caça às bruxas no Brasil

Barroso defende julgamento da trama golpista e diz sanções dos EUA são injustas
Barroso defende julgamento da trama golpista e diz sanções dos EUA são injustas
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso. Foto: Antonio Augusto/STF
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O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, defendeu nesta quarta-feira 17 a atuação da Corte durante o julgamento da trama golpista, que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e afirmou que não há censura, perseguição política ou caça às bruxas no Brasil acusação frequente do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Não existe caça às bruxas ou perseguições políticas. Tudo o que foi feito baseou-se em provas”, destacou. Ainda segundo Barroso, é “profundamente injusto” os EUA punirem ministros por uma decisão que foi amplamente baseada em provas e acompanhada por toda a imprensa internacional. 

“Também não é justo punir os ministros, que, com coragem e independência, cumpriram o seu papel”, afirmou durante a abertura da sessão desta quarta. Barroso também defendeu que é a hora de “virar a página” com os Estados Unidos e reforçou que o STF não busca ter alcance extraterritorial.

“Nenhuma decisão do Supremo Tribunal Federal brasileiro tem pretensão de alcance extraterritorial. Nós só cuidamos do nosso jardim. E já nos dá bastante trabalho”, disse. “Esse é um chamamento ao diálogo e à compreensão, pelo bem dos nossos países, de uma longa amizade e da justiça”, completou.

O apelo de Barroso acontece em meio à nova onda de ameaças dos Estados Unidos contra o Brasil. Na segunda-feira 15, o secretário de Estado Marco Rubio reagiu dizendo que “haverá uma resposta” à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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