Justiça

Dino rejeita pedido de advogado que usou voto de Fux para tentar soltar Bolsonaro

O autor pleiteava que o ministro André Mendonça assumisse a relatoria do caso

Dino rejeita pedido de advogado que usou voto de Fux para tentar soltar Bolsonaro
Dino rejeita pedido de advogado que usou voto de Fux para tentar soltar Bolsonaro
O ministro do STF Flávio Dino em 9 de setembro de 2025, no julgamento da trama golpista. Foto: Gustavo Moreno/STF
Apoie Siga-nos no

O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino negou, nesta terça-feira 16, o habeas corpus apresentado por um advogado mineiro em prol de Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe. O ex-presidente está em prisão domiciliar desde o início de agosto.

Horas antes de Dino publicar a decisão, o autor desistiu do HC, sob alegação de “razões de foro íntimo”. O advogado, que não representa Bolsonaro, pleiteava que André Mendonça assumisse a relatoria do caso, mas o posto ficou com Dino. Ainda assim, o relator se pronunciou.

Ao rechaçar o habeas corpus, Dino afirmou que esse instrumento é incabível para tentar alterar ato de um ministro, de uma das turmas ou do plenário e que faltam “documentos imprescindíveis ao exame da controvérsia”. O ministro ressaltou ainda que Bolsonaro já tem advogados regularmente constituídos.

O autor do HC aproveitou o voto do ministro Luiz Fux pela absolvição do ex-presidente para solicitar, entre outras medidas, a suspensão de qualquer ordem de prisão e o reconhecimento de uma suposta incompetência do STF no caso da tentativa de golpe.

Ao julgar o núcleo crucial da tentativa de golpe, a maioria da Primeira Turma reafirmou a competência do Supremo — isolando Fux, único a defender que o processo descesse à primeira instância.

Nas oito páginas do habeas corpus, o advogado mencionava Fux 19 vezes.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo