Justiça

Por que Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer entraram mais uma vez na mira de Moraes

Deputado do PT acionou o ministro contra publicações sobre o Banco do Brasil no contexto da Lei Magnitsky

Por que Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer entraram mais uma vez na mira de Moraes
Por que Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer entraram mais uma vez na mira de Moraes
O ministro Alexandre de Moraes durante o 4º dia de julgamento da trama golpista no STF. Na sessão, o ministro Luiz Fux profere o voto. Foto: Evaristo Sa / AFP
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes fixou, nesta terça-feira 16, um prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República se pronunciar sobre um pedido de investigação contra os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO).

No fim de agosto, o deputado Reimont (PT-RJ) protocolou no STF uma petição na qual sustenta que a dupla praticou, em tese, divulgação de informação falsa sobre instituição financeira, organização criminosa, crimes contra a economia popular e crimes contra a ordem econômica.

O petista se baseia em publicações dos deputados bolsonaristas sobre o Banco do Brasil, no contexto das sanções aplicadas pelo governo de Donald Trump contra Moraes com base na Lei Magnitsky.

Reimont transcreve na petição um trecho de um vídeo em que Eduardo afirma: “O Banco do Brasil será cortado das relações internacionais, o que vai levá-lo à falência.” Contra Gayer pesaria a seguinte declaração: “Tirem seu dinheiro dos bancos. Moraes vai quebrar o Brasil”.

No caso de Eduardo, o petista sustenta que a afirmação, “de conteúdo manifestamente falso”, foi amplificada pelas redes bolsonaristas para difundir um pânico financeiro.

Gayer, por sua vez, buscou, segundo Reimont, incitar correntistas a retirar dinheiro em massa, “caracterizando clara tentativa de provocar corrida bancária e desestabilizar o sistema financeiro nacional”.

O deputado do PT solicitou a Moraes a abertura de um inquérito contra os parlamentares do PL e a decretação de medidas cautelares, como suspensão de passaportes, proibição de manter contato com outros investigados e suspensão do mandato.

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