Juiz rejeita prender Ciro Gomes, mas o proíbe de ofender Janaína Farias

O juiz Victor Nunes Barroso, da 115ª Zona Eleitoral de Fortaleza (CE), rejeitou um pedido para decretar a prisão preventiva do ex-governador Ciro Gomes (PDT) por violência de gênero contra a prefeita de Crateús, Janaína Farias (PT).

No entanto, a decisão, divulgada nesta segunda-feira 15, proíbe Ciro de fazer ofender Janaína em pronunciamentos ou publicações nas redes sociais. A multa em caso de descumprimento é de 10 mil reais por manifestação.

Em agosto, na festa de aniversário do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT), Ciro afirmou: “A pessoa que recrutava moças pobres, de boa aparência, para fazer o serviço sexual sujo do seu Camilo Santana virou senadora do Ceará. Agora é prefeita num município do Ceará. E isso é um desafio para o qual os meus queridos amigos estão me chamando para encarar. É para eu encarar? Eu vou encarar”.

Em nota, Janaína disse que Ciro é conhecido por uma postura misógina. “Um misógino que, cada vez mais, diante de seu fracasso político, busca atingir a honra das pessoas, de forma irresponsável e inconsequente.”

Na ocasião, o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), afirmou, por meio de sua assessoria, que Ciro teria de prestar contas à Justiça.

Em 2024, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinou que Ciro se abstivesse de proferir declarações ofensivas contra a petista. A ordem decorreu de uma série de ataques a Janaína, a quem o pedetista chegou a chamar de “cortesã”.

Já em maio deste ano, a juíza Priscila Faria da Silva, da 12ª Vara Cível de Brasília, condenou o ex-governador ao pagamento de 52 mil reais por danos morais à prefeita.